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Instalação de artistas portugueses questiona uso obsessivo de selfies

Uma instalação criada pelos artistas visuais João Cristóvão Leitão e João Pedro Fonseca, que questiona o uso obsessivo das 'selfies' e a sobre-exposição da privacidade na sociedade atual, inaugura a 18 de novembro, em Lisboa.

Instalação de artistas portugueses questiona uso obsessivo de selfies
Notícias ao Minuto

21:31 - 10/11/17 por Lusa

Cultura Temps d'Images

Inserida no Festival Temps d'Images, a instalação inaugura às 22h00 de 18 de novembro na Galeria Appleton Square, e estará patente até 24 de novembro.

João Cristóvão Leitão e João Pedro Fonseca juntam-se pela primeira vez no festival Temps d'Images para criar uma obra reflexiva que questiona a sobre-exposição da privacidade que as novas tecnologias banalizaram.

Numa instalação de ´videomapping´ para uma pessoa de cada vez, os artistas questionam o papel da tecnologia na era da saturação de informação, descreve um texto do festival sobre a obra.

"O fenómeno da replicação da imagem tem vindo a crescer com a evolução das tecnologias e, em paralelo, com as ´selfies´, as redes sociais e os ´live-streamings´. A obsessão excessiva pela nossa própria imagem amplifica-se. Procuramos nestes registos um reflexo do invisível, reflexo este que só pertence a uma idealização do eu", acrescenta o texto dos artistas.

A instalação "surge, assim, não enquanto um espaço ou um lugar onde todas estas ficções inevitáveis, aceleradas e descartáveis se podem multiplicar, expandir e dissolver, mas sim enquanto uma paisagem imersiva e imaginária, que se quer infinita e dilatada, e através da qual o espetador é obrigado a confrontar-se com uma imagem de si próprio, que, por sua vez, o contempla".

A conceção e criação são de João Cristóvão Leitão e João Pedro Fonseca, a produção é de João Cristóvão Leitão, o design de João Pedro Fonseca.

João Cristóvão Leitão é licenciado em Teatro (Dramaturgia), pela Escola Superior de Teatro e Cinema, e mestre em Arte Multimédia (Audiovisuais), pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Enquanto criador, fundou o coletivo performativo 3.14 (2010-2012) e, em 2012, integrou o coletivo SillySeason.

Desenvolve, regularmente, projetos de vídeo arte ('O Retrato de Mónica', 'O Retrato de Irineu', 'O Retrato de Ulisses', "o jardim dos caminhos que se bifurcam"), alguns dos quais foram exibidos a nível europeu e/ou premiados a nível nacional, nomeadamente com o Grande Prémio LOOPS.Lisboa, Prémio FUSO -- Júri/Fundação EDP.

João Pedro Fonseca frequentou o curso de pintura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, e tem um percurso multidisciplinar, tendo já exposto em Montpellier, São Paulo e na Cidade do México.

Foi bolseiro de Apoio às Artes Plásticas, através da Fundação Calouste Gulbenkian, e trabalha também como artista gráfico e plástico.

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