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Novo romance de João Céu e Silva é sobre a presença da troika em Portugal
João Céu e Silva, autor do romance 'A Hora da Ilusão', afirma que esta "é uma história que merece ser contada", a de Xavier, arquiteto que fica desempregado e encontra trabalho como carpinteiro fora de Portugal.
© Getty Images
Cultura Literatura
'A Hora da Ilusão' é "a interpretação literária de um dos pesadelos que a presença da 'troika' em Portugal mais provocou: o desemprego", afirma o autor, que este ano publicou também, mas no domínio da não-ficção, "Fátima. A Profecia que Assusta o Vaticano".
Esclarece João Céu e Silva, jornalista desde 1980, que esta "análise" que faz é antes "uma peregrinação lúdica sobre o direito a viver que os homens e as mulheres já deveriam ter em pleno século XXI".
Este é "um romance sobre um arquiteto que perde o emprego e se reencontra como carpinteiro ou, melhor dizendo, como escultor de árvores".
"Entre os vários capítulos decorre uma viagem de Noé pelo planeta, que substitui a Arca [bíblica] por um dirigível, para evitar o fim da humanidade, devido a um segundo dilúvio", adianta Céu e Silva.
Esta obra, dada à estampa pela Gradiva, foi escrita entre 2013 e 2015, "não é um romance político, apenas uma interpretação da vida", que o autor propõe como "uma das leituras de verão".
João Céu e Silva, de 56 anos, é jornalista no Diário de Notícias. Em 2002 publicou a novela "28 dias em agosto" e, em 2013, recebeu o Prémio Alves Redol pelo romance 'A Sereia Muçulmana'
Tem também publicado o livro de viagens 'Caravela Tropical', em que relata a recriação da viagem de descoberta do Brasil, capitaneada por Pedro Álvares Cabral, em 1500, recriada 500 anos depois a bordo da caravela Boa Esperança. Na área historiográfica, editou '1961 - O Ano Que Mudou Portugal', "1975 - O Ano do Furacão Revolucionário" e 'Fátima. A Profecia que Assusta o Vaticano'.
Com o escritor José Saramago iniciou a série 'Uma Longa Viagem Com...', na qual revisita a obra de escritores. Os três primeiros volumes, referentes a José Saramago, António Lobo Antunes e Manuel Alegre, incluem entrevistas aos autores.
Desta série fazem também parte Álvaro Cunhal, falecido em 2005, e que assinava como Manuel Tiago, e Miguel Torga, que morreu em 1995. Nestes volumes, o autor aborda a obra e reúne depoimentos sobre o antigo líder comunista e o primeiro Prémio Camões, autor de "Os Bichos".
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