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Primeiro aniversário da classificação como Cidade Criativa da Literatura

O primeiro aniversário da classificação de Óbidos como Cidade Criativa da Literatura é hoje assinalado com o arranque de uma programação marcada por encontros com escritores, residências literárias e um festival de literatura de viagens.

Primeiro aniversário da classificação como Cidade Criativa da Literatura
Notícias ao Minuto

14:33 - 11/12/16 por Lusa

Cultura Óbidos

"A programação do segundo ano de classificação terá uma forte ligação ao projeto educativo que passará pelo estímulo do pensamento crítico nos jovens e famílias, através de obras que são trabalhadas nas escolas, culminando mensalmente com um encontro com um escritor", disse à agência Lusa Celeste Afonso, vereadora da cultura na câmara de Óbidos.

O programa arranca hoje, data em que se assinala o primeiro aniversário da classificação de Óbidos como Cidade Criativa da Literatura, pela UNESCO, com uma parceria entre a Óbidos Vila Literária e a editora Tinta-da-China, que organizam uma conversa com o escritor angolano Luaty Beirão, sobre Liberdade de Expressão.

Ricardo Araújo Pereira será o autor convidado no mês de janeiro e "até abril seguir-se-ão outros autores que mensalmente passarão pela vila para discutir questões ligadas ao tema 'revoluções'", a temática da terceira edição do Folio -- Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorrerá no último trimestre do ano.

A marcar o segundo ano da classificação a câmara de Óbidos organiza, em maio, o primeiro Festival de Literatura de Viagens, cujo programa está ainda a ser ultimado.

A "ligação a outras artes" passará, segundo a vereadora, por "uma temporada de música clássica, em que serão envolvidos também músicos locais, e por exposições ligadas à temática das revoluções", entre as quais uma mostra de fotografias de Agustí Centelles, patente até ao dia 31 de janeiro no Museu Municipal de Óbidos, numa parceria com a fundação Pablo Iglésias.

Até ao início do Folio a vila será ainda palco de várias residências literárias de autores lusófonos que ali permanecerão por temporadas de três meses, ao longo dos quais criarão uma obra, tal como já aconteceu com os escritores João Paulo Cuenca (em 2015) e Marcela Dantés (em 2016).

Uma programação que, para o presidente da câmara de Óbidos, Humberto Marques, espelha "o crescente interesse que Óbidos vem despertando, fruto da classificação" que, um ano depois, lhe merece "um balanço extremamente positivo".

Um interesse "desde logo visível já este ano, com vários institutos, fundações e livreiros a mostrarem-se interessados em participar na última edição do Folio", mas também com "uma notoriedade internacional que atraiu organizações e órgãos comunicação social de vários países à vila", sublinhou o autarca.

A classificação e o projeto vila literária resultaram ainda na abertura de mais duas livrarias na vila, aumentando para 13, sendo que até ao final do ano a autarquia prevê "ainda abrir uma outra, no Parque Tecnológico", adiantou Humberto Marques.

Tanto mais que, a classificação como Cidade Criativa da Literatura "suscitou o interesse de empresários que manifestam interesse em se radicar no concelho e de se envolver nas atividades "de um território criativo, em que a literatura se torna uma alavanca de desenvolvimento económico e social", acrescentou.

Um envolvimento que, neste segundo ano, será extensivo "a outros concelhos da região, que vamos convidar a associarem-se ao Folio", em moldes que serão definidos numa das próximas reuniões do Conselho Intermunicipal da OesteCim, comunidade intermunicipal em que Óbidos se insere, juntamente com os concelhos de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

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