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Fátima: Consolata Museu "tem marcado a diferença" nos últimos 25 anos

O Consolata Museu - Arte Sacra e Etnologia celebra na quinta-feira 25 anos de existência, durante os quais "tem marcado a diferença" em Fátima, disse à agência Lusa o seu diretor, Gonçalo Cardoso.

Fátima: Consolata Museu "tem marcado a diferença" nos últimos 25 anos
Notícias ao Minuto

09:23 - 10/10/16 por Lusa

Cultura Artes

"Tem marcado a diferença porque é um verdadeiro museu. É um espaço sem fins lucrativos que tem como missão não só preservar o património cultural, mas também dar a conhecer a experiência missionária", afirmou.

O responsável destacou também "o trabalho que o museu tem feito para a comunidade onde está inserido", exemplificando com parcerias e diferentes atividades, desde concertos a exposições temporárias.

Pertença do Instituto Missionário da Consolata, o museu tem uma coleção de arte sacra portuguesa dos séculos XIV a XX (meninos Jesus, presépios e crucifixos), uma exposição de objetos etnográficos oriundos de África, Ásia e América e relíquias dos beatos Jacinta e Francisco Marto.

Segundo Gonçalo Cardoso, o Consolata Museu chegou a receber cerca de 20 mil habitantes por ano, um número que diminuiu em consequência da crise.

"Notámos uma diminuição principalmente do público escolar, porque as escolas começaram a não ter possibilidade de fazer visitas de estudo, e também devido ao aumento das portagens. Mas agora, aos poucos, tem vindo a aumentar", explicou, acrescentando que o museu tem atualmente cerca de 16 mil visitantes anuais.

O público é "muito heterogéneo", até porque "Fátima vive muito de diferentes tipos de públicos".

"Há o peregrino, que vem a Fátima cumprir a sua promessa e depois tem algum tempo para visitar algum espaço. Mas depois também temos a comunidade onde o museu está inserido, que vem participar nas várias atividades, nos concertos, nos teatros", contou.

O responsável aludiu também ao público escolar que, através do serviço educativo do museu, fica a saber mais sobre a experiência missionária e outras matérias relacionadas com as disciplinas de História e de Religião e Moral, como os descobrimentos e o encontro de culturas.

"Vai ao encontro do gosto de várias pessoas. Há umas que não gostam tanto da arte sacra, mas gostam mais da etnologia e vice-versa. Depois há aqueles que são atraídos pela história de Fátima, através da sala dos pastorinhos", acrescentou.

Esta sala é a última de um percurso do museu que inclui também as temáticas do nascimento, da paixão e morte, da ressurreição e do encontro de culturas.

Gonçalo Cardoso apontou várias datas marcantes neste percurso de 25 anos, como a adesão à Rede Portuguesa de Museus, em 2002.

"Somos o único museu de Fátima credenciado pela Rede Portuguesa de Museus", realçou.

A criação da Liga dos Amigos do Museu, oficializada em 2012, e a certificação atribuída pelo Herity International (organização para a certificação de qualidade e gestão do património), em 2013, foram outros momentos altos.

O museu foi também distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) pelo Melhor Serviço de Extensão Cultural em 2011 e pela Melhor Informação Turística em 2012, neste caso relativamente ao seu roteiro.

"Tem cumprido os objetivos para o qual foi idealizado: mostrar o espírito evangelizador da Igreja aos peregrinos que vêm a Fátima", frisou.

O aniversário será assinalado com entradas livres no museu, oferta de lembranças e a abertura de exposição temporária intitulada "25 Anos", constituída por obras oferecidas por artistas que expuseram ao longo deste período.

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