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Morte de Eugénio Lisboa. Ministra da Cultura manifesta "profundo pesar"

A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, manifestou "profundo pesar à família e aos amigos" do escritor Eugénio Lisboa, que morreu hoje, aos 93 anos, lembrando igualmente o papel do poeta e ensaísta como conselheiro cultural da embaixada portuguesa no Reino Unido.

Morte de Eugénio Lisboa. Ministra da Cultura manifesta "profundo pesar"
Notícias ao Minuto

17:33 - 09/04/24 por Lusa

Cultura Dalila Rodrigues

"Além da sua obra poética, Eugénio Lisboa destacou-se como um dos ensaístas e críticos literários mais ativos dos últimos setenta anos, enriquecendo e abrindo novos caminhos para a compreensão da literatura portuguesa da segunda metade do século XX, em especial de autores como José Régio", lê-se no comunicado hoje divulgado.

Dalila Rodrigues destaca ainda "o seu percurso como conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Londres e como presidente da Comissão Nacional da UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura], que em muito contribuiu para o conhecimento da arte e do património cultural português fora das nossas fronteiras".

O poeta, ensaísta e crítico literário Eugénio Lisboa, especialista na obra do escritor José Régio (1901-1969), morreu hoje de manhã em Lisboa, aos 93 anos, disse à agência Lusa fonte da editora Guerra & Paz.

De acordo com a mesma fonte, o autor estava internado no Hospital Curry Cabral, onde morreu de doença oncológica.

Eugénio Lisboa foi professor universitário de literatura portuguesa nas universidades da antiga Lourenço Marques, atual Maputo, Pretória (1974-75) e Estocolmo (1977-78).

A partir de maio de 1978 exerceu funções diplomáticas, ocupando durante 17 anos consecutivos o cargo de conselheiro cultural da embaixada de Portugal em Londres (1978-1995). Mais tarde, presidiu à Comissão Nacional da UNESCO (1996-1998) e foi professor catedrático convidado da Universidade de Aveiro (1995-2000).

Em Portugal, Eugénio Lisboa teve colaboração dispersa no Jornal de Letras Artes e Ideias, nos vespertinos A Capital e Diário Popular, nas revistas LER, O Tempo e o Modo, Colóquio-Letras, Nova Renascença e Oceanos, entre outras, e dirigiu a publicação, na Imprensa Nacional, das Obras Completas de José Régio.

Assimou ainda dezenas de introduções, prefácios, posfácios e recensões críticas.

Entre 1976 e 2016, publicou as obras "José Régio. A Obra e o Homem", "José Régio. Uma Palavra Viva", "José Régio. A Confissão Relutante", "José Régio. Uma Literatura Viva", "O Essencial sobre José Régio", "No Eça nem com uma flor se toca: Eça visto por Régio", "Ler Régio" e "Correspondência com José Régio".

Membro da Academia das Ciências de Lisboa, na Classe de Letras, Eugénio Lisboa foi Doutor 'Honoris Causa' pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido (1988), e pela Universidade de Aveiro (2002).

Em 2018 recebeu o Prémio Tributo de Consagração da Fundação Quinta das Lágrimas, de Coimbra.

Foi agraciado com os graus de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1980), Comendador da Ordem do Mérito (1993) e Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico (2019).

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