Cotovia avisa que livros não estão esgotados, mas poderão ser destruídos

Grandes cadeias livreiras devolveram os livros à editora quando anunciou que ia fechar e dizem aos leitores que estão esgotados. "É uma mentira grave", defende a Cotovia.

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© Livros Cotovia

Anabela Sousa Dantas com Lusa
07/12/2020 17:24 ‧ 07/12/2020 por Anabela Sousa Dantas com Lusa

Cultura

Cotovia

A editora Livros Cotovia, que anunciou o seu encerramento definitivo em novembro, recorreu à sua plataforma nas redes sociais para avisar que, ao contrário do que é dito aos leitores nas lojas online das grandes cadeias livreiras, os seus livros ainda não esgotaram.

"Escrevem-nos vários leitores à procura de livros que certos livreiros lhes dizem estar esgotados e que não estão esgotados. É uma lástima mas é prática comum: livreiros há que, não tendo os livros em stock, dizem que estão esgotados. É uma mentira grave", refere a Cotovia, esta segunda-feira.

A editora explicou que "essas lojas não têm os livros" porque os "devolveram". "Ou seja: não têm os livros porque não querem", acrescentou.

"Assim, pedimo-vos, caros leitores, que comprem aos pequenos livreiros - que, em geral, não se puseram a devolver caixotes e caixotes de livros excelentes e vendáveis quando anunciámos que íamos fechar, como os grandes fizeram. Quase todos os pequenos livreiros fazem tudo o que os grandes fazem, só que melhor", escreveu a Cotovia.

A editora, lembrando que "grande parte" do stock de livros ainda existentes "pode ter de ser abatida", informa que o seu site continua ativo para consulta e que existe um e-mail disponível para tirar dúvidas (livroscotoviageral@gmail.com).

No final de agosto, a Livros Cotovia tinha anunciado que 2020 seria o último ano em que marcaria presença na Feira do Livro de Lisboa, visto que iria fechar "até ao final do ano".

A editora Livros Cotovia foi fundada em 1988, por André Fernandes Jorge (1945-2016), com seu irmão, o poeta João Miguel Fernandes Jorge, que abandonou o projeto editorial pouco tempo depois.

Ao longo de mais de 30 anos, a editora ultrapassou os 700 títulos, de 350 autores, "todos eles relevantes", para "um público leitor que sabe o que quer", como escreve no seu 'site', e todos eles detentores de uma identidade própria, marcada, na sua maioria, pela imagem gráfica original, desenhada pelo cineasta João Botelho.

Leia Também: Editora Livros Cotovia encerra site e loja "para sempre" no final do mês

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