Agualusa vence Prémio Manuel de Boaventura da Câmara de Esposende

O escritor angolano José Eduardo Agualusa é o vencedor do Prémio Literário Manuel de Boaventura 2025, atribuído pelo município de Esposende, foi hoje anunciado.

Agualusa lança ?Mestre dos batuques'  com visão "alternativa" sobre história angolana

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Lusa
10/07/2025 18:06 ‧ há 7 horas por Lusa

Cultura

Literatura

Em comunicado, o município refere que o júri decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio ao romance 'Mestre dos Batuques', fazendo notar que se trata "de uma obra de evidente maturidade literária".

 

Sublinha que na obra "sobressai um apuradíssimo virtuosismo expressivo e estilístico ao serviço de um imaginário original e suficientemente instigante para problematizar questões fundamentais, especialmente as relações da história com a ficção sob pano de fundo do processo colonial português e não apenas".

O júri destacou também "a riqueza intertextual do romance, reveladora da sua invulgar densidade literária".

Expressou ainda satisfação pelo "número elevado" de obras (201) a concurso, provenientes dos diversos países de língua oficial portuguesa.

O prémio tem por objetivo homenagear e divulgar Manuel de Boaventura, escritor e homem de cultura, natural de Vila Chã, Esposende.

De periodicidade bienal e com o valor pecuniário de 7.500 euros, contempla a modalidade da criação narrativa de romances ou de contos da autoria de escritores de língua portuguesa.

Na primeira edição, em 2017, o prémio foi ganho por Ana Margarida de Carvalho, com a obra 'Não se pode morar nos olhos de um gato'.

Em 2019, a vencedora foi Filipa Martins, com o livro 'Na Memória dos Rouxinóis'.

Em 2021, ganhou Mia Couto, com 'O Mapeador de Ausências', e, em 2023, partilharam o prémio Giovana Madalosso e a Rui Couceiro.

Além deste prémio, a Câmara de Esposende vai também investir 2,1 milhões de euros na criação da Casa-Museu Manuel de Boaventura, para valorizar o legado daquela figura da literatura popular portuguesa e da identidade cultural do concelho.

O equipamento nascerá na Casa de Susão, em Palmeira de Faro, onde o escritor viveu durante cerca de 70 anos.

O projeto prevê a reabilitação integral da Casa do Suão, mantendo os traços originais do edifício do século XIX, incluindo a eira e o espigueiro.

Está igualmente prevista a criação de um espaço museológico no rés-do-chão, um auditório polivalente com 40 lugares, zonas de serviços educativos e apoio técnico, área de estacionamento e espaços exteriores requalificados.

Leia Também: Editora Laika nasce para preencher lacunas no mercado literário português

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