De acordo com a programação hoje anunciada, que vai até dezembro, Paulo Furtado, ou The Legendary Tigerman, vai musicar ao vivo, a 06 e 07 de setembro, duas curtas-metragens de comédia do cinema mudo, feitas nos anos 1920, pelo cartoonista e realizador norte-americano Charley Bowers, intituladas "Uma escorregadela" e "Aí está".
Os filmes de Charley Bowers foram descobertos nos anos 1960 na Cinemateca de Toulouse, em França, e revelaram um artista praticamente desconhecido do final da era do cinema mudo e que trabalhava sobretudo como cartoonista.
Charley Bowers protagonizou muitos dos filmes cómicos dele e experimentou várias técnicas do cinema de animação, construindo "maravilhas animadas a partir de engrenagens e aparelhos, objetos domésticos e quinquilharias de ferro-velho", explica o LU.CA.
Entre as propostas de teatro e música até ao final do ano, o LU.CA acolhe em setembro o espetáculo "O dia não", de Catarina Rôlo Salgueiro, Catarina Távora, Duarte Pereira Martins e Philippe Marques, para crianças a partir dos quatro anos.
"O dia não" é inspirado na obra pedagógica "O livro de Maria Frederica" (1959), com 36 pequenas peças para piano que o compositor Frederico de Freitas criou para a neta.
Em outubro, a companhia de teatro Amarelo Silvestre apresenta "Sopro para ver", interpretado por Inês Luzio e Rafaela Santos, acompanhadas por um eufónio, e a companhia Hotel Europa pergunta "O que é que os meus pais fazem quando não estão comigo?", espetáculo criado e interpretado por André Amália e Tereza Havlícková, e que partiu de um trabalho criativo com alunos de uma escola básica.
Em novembro, a Companhia Cepa Torta recua à mitologia grega e estreia "É e não é ou a verdadeira história dos guardas que prenderam Antígona", enquanto Inês Campos e Teia Campos apresentam "Castor e Pollux -- considerate lilia", inspirado nos arquivos de vídeos do pai, António Campos.
"Perder", espetáculo de teatro da ilustradora Catarina Sobral ocupará o LU.CA na primeira quinzena de dezembro, numa altura em que já estará patente, desde 08 de novembro, uma exposição de ilustração com a qual se relaciona, intitulada "Philosophiae Naturalis do Professor Elias".
No último quadrimestre de 2025, o LU.CA acolhe várias sessões de leitura com Bru Junça, como por exemplo "Voltar a Casa", inspirado num livro que a autora apresenta em setembro, feito com Dora Batalim Sottomayor e Joana Dias, e "Leituras à Lupa", em novembro, a partir de "O principezinho", de Saint-Exupéry.
Entre setembro e dezembro, o festival Play programará várias sessões de cinema para os mais novos e a 01 de novembro vai haver um baile do Dia das Bruxas, com Inês Lopes Gonçalves.
O LU.CA tem várias sessões desta programação com língua gestual portuguesa, com audiodescrição e sessões descontraídas, para pessoas com défice de atenção, com deficiência intelectual, com condições do espetro autista ou com deficiências sensoriais e de comunicação. Na plateia há lugares reservados para pessoas com mobilidade condicionada.
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