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Retrospetiva de carreira de Carlos do Carmo numa coletânea de 80 músicas

Uma coletânea com 80 músicas, que atravessa a carreira de Carlos do Carmo, é editada hoje, numa altura em que o músico prepara um novo álbum, revelou a editora Universal Music.

Retrospetiva de carreira de Carlos do Carmo numa coletânea de 80 músicas
Notícias ao Minuto

14:03 - 28/06/19 por Lusa

Cultura Artista

Carlos do Carmo anunciou em fevereiro que iria terminar este ano a carreira, e a decisão coincide com a celebração dos seus oitenta anos, em dezembro.

"De novo acompanhando a lucidez com que anunciou o fim da sua carreira nos palcos, de novo celebrando, desta vez o seu 80.º aniversário, pensámos em editar algo em retrospetiva", afirma a editora hoje em comunicado.

A coletânea 'Oitenta' apresenta oitenta músicas, repartidas por quatro discos, "dando a devida importância aos autores e aos poemas, fazendo vénia ao fado tradicional que o guiou toda a vida e que lhe permitiu ser um dos mais inovadores de sempre no género".

O registo sai numa altura em que Carlos do Carmo está a preparar um novo álbum, sem pressas e sem data de edição, disse à agência Lusa o agente do artista.

'Um homem na cidade', 'O homem das castanhas', 'Fados dos cheirinhos', 'Fado Ultramar' e 'Loucura' são alguns dos temas incluídos nesta coletânea.

O alinhamento apresenta ainda músicas que Carlos do Carmo gravou com Carlos Paredes ('Fado Moliceiro'), Maria João Pires ('Morrer de ingratidão') e Bernardo Sassetti ('Talvez por acaso', 'Retrato', 'O sol' e 'Gracias a la vida').

Ary dos Santos, António Gedeão, Vasco Graça Moura, Maria do Rosário Pedreira e Mário de Sá Carneiro são alguns dos autores presentes nesta coletânea.

Em fevereiro, o fadista anunciou que irá pôr fim à carreira este ano, mas que ainda fará este ano concertos, nomeadamente os que estão marcados para os coliseus do Porto (02 de novembro) e de Lisboa (09 de novembro).

Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, Carlos do Carmo cumpre 80 anos em dezembro.

"Será o ano da despedida, sem amarguras, sem azedumes", disse Carlos do Carmo numa mensagem gravada em fevereiro. "Será o ano da despedida com muita, muita, muita gratidão a todas as pessoas que me têm dado ao longo da vida tantas, tantas alegrias e tanta generosidade", concluiu.

Com um percurso de mais de 50 anos, Carlos do Carmo foi reconhecido, em 2014, com um Grammy Latino de carreira, o que lhe valeu igualmente o Prémio Personalidade do Ano -- Martha de la Cal, da Associação Imprensa Estrangeira em Portugal.

Em 2015, recebeu a "Grande Médaille de Vermeil" da cidade de Paris, "a mais alta distinção" da capital francesa, e, um ano depois, foi-lhe atribuído o título de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, da Presidência da República.

Em 2013, quando celebrou 50 anos de carreira, editou o álbum "Fado é amor", que gravou em duo com vários fadistas, entre os quais Ricardo Ribeiro, Camané, Mariza, Raquel Tavares e Marco Rodrigues.

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