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Pátera de Titúlcia com 2.500 anos em exposição em Lisboa na sexta-feira

Uma peça com cerca de 2.500 anos, proveniente de um povoado pré-romano em Espanha, é apresentada, pela primeira vez, fora daquele país, a partir de sexta-feira, no Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa.

Pátera de Titúlcia com 2.500 anos em exposição em Lisboa na sexta-feira
Notícias ao Minuto

18:18 - 10/04/19 por Lusa

Cultura MNA

Trata-se da Pátera de Titúlcia, um prato cerimonial datado entre a segunda metade do século IV e o século III antes de Cristo, proveniente do povoado pré-romano de Carpetano de Titúlcia, município na província e comunidade autónoma de Madrid, que faz parte do espólio do Museu Arqueológico Regional da Comunidade de Madrid, em Alcalá de Henares, a cerca de 35 quilómetros da capital espanhola.

A Pátera de Titúlcia é "uma das mais extraordinárias peças da proto-história da Península Ibérica", que veio à luz do dia durante as escavações, em 2009, "numa área que pode ser interpretada como um santuário, tendo sido aí ocultada, presumivelmente entre 147--139 a. C., antes da destruição do edifício", segundo nota do MNA enviada à agência Lusa.

A dimensão e a forma desta peça, que permite ser usada apenas com uma mão, leva a supor que se "destinava a libações em rituais cerimoniais de grande significado social e simbólico", referindo que "banquetes e bebidas alcoólicas restritas às elites configuram um sinal de distinção e estatuto social elevado".

A taça com a representação de "um animal fantástico, um ser híbrido, leão/lobo, ornamentado com serpentes, vem confirmar a grande influência cultural do Oriente, comprovada pela introdução de uma iconografia plenamente assumida pelo mundo indígena peninsular", está patente, até 29 de setembro, na Sala dos Tesouros da Arqueologia Portuguesa, no MNA, localizado na ala poente do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

O MNA esclarece que os seres híbridos são comuns na mitologia grega antiga e abundam as representações de leões como animais míticos de raiz plenamente orientalizante, "que começará a ser substituída pela do lobo, mais representativa da nova ordem social que se instala a partir do século IV e III antes de Cristo, quando se inicia a progressiva substituição das monarquias hereditárias sagradas, de caráter familiar e clientelar, pelas novas aristocracias guerreiras".

O museu espanhol, por seu turno, tem patente a exposição 'Un brindis por el príncipe', que inclui 20 peças do MNA, entre elas, nove classificadas como "tesouro nacional".

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