O FAN, que decorre a partir de sábado e até ao dia 27 de janeiro, vai na 13.ª edição e tem como mote a música clássica "da tradição à contemporaneidade".

Nesta edição, o festival integra três momentos com protagonistas locais, mostrando assim, segundo referiu o Teatro de Vila Real, em comunicado, o "interesse e a qualidade crescente dos músicos da região".

Um desses momentos corresponde ao espetáculo de abertura, que vai ser protagonizado pela Banda à Varanda, um projeto que convida compositores a escrever peças originais para músicos de bandas filarmónicas e ocorre em diálogo com a arquitetura dos espaços.

Neste concerto, a Banda à Varanda faz uma "viagem sonora ao final da primeira Guerra Mundial", nos claustros do antigo edifício do Governo Civil, no centro da cidade de Vila Real.

Trata-se de um espetáculo encomendado pela Câmara de Vila Real que se incluiu nas comemorações do centenário da morte do herói da Grande Guerra Carvalho Araújo.

No dia 11 de janeiro estreia um novo projeto da região, a Banda Sinfónica Transmontana, que reúne cinco dezenas de músicos que desenvolvem ou iniciaram a sua atividade artística na região.

No concerto de apresentação, "À nossa terra", a Banda Sinfónica Transmontana tem como convidado o clarinetista Nuno Pinto.

Num outro registo, o da música contemporânea de inspiração clássica, o FAN apresenta o pianista e compositor João Balouta, que encerra este ciclo de programação.

João Balouta é um compositor e multi-instrumentista nascido em Vila Real, que iniciou os seus estudos pela flauta, seguindo-se o violino, estudou de forma autodidata piano e ingressou no Conservatório Regional de Música de Vila Real.

Em 2017 lançou o seu primeiro álbum, "Morphosis", para piano e ensemble.

A música de Tchaikovsky para bailado clássico vai estar presente no FAN com a peça "A Bela Adormecida", pelo Russian Classical Ballet.

A companhia de Moscovo, dirigida pela bailarina Evgeniya Bespalova, regressa a Portugal para apresentar uma das obras-primas do bailado clássico.

Outras formações de diferente dimensão visitam repertório puramente clássico, casos do Hermes Ensemble, grupo musical criado no Porto, e da Orquestra Filarmonia das Beiras, e compositores portugueses mais recentes, como o faz o Duo Invicta, que junta Joana Valente e Nuno Caçote.

O Hermes Ensemble, que nesta temporada participa como grupo residente na Schnittke Akademie, em Hamburgo, e em diversos festivais nacionais, dá também um concerto para crianças e famílias.

As componentes internacional e contemporânea do festival são reforçadas com o duo polaco constituído pela pianista Habia Rani e a violoncelista Dobrawa Czocher.

A anteceder os concertos é feito um brindo ao novo ano com um vinho do Porto.