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'Lavrar o Mar' mobiliza diferentes formas artísticas em torno do tema Mar

O projeto Lavrar o Mar, que foi esta quarta-feira apresentado em Monchique, no distrito de Faro, promete mobilizar, a partir de dia 10 de novembro, diferentes formas artísticas, no Algarve, em espetáculos que têm como tema de fundo o ar.

'Lavrar o Mar' mobiliza diferentes formas artísticas em torno do tema Mar
Notícias ao Minuto

21:00 - 07/11/18 por Lusa

Cultura Algarve

'Lavrar o Mar', que está integrado na iniciativa '365 Algarve', pelo terceiro ano consecutivo, cruza formas artísticas como o teatro, a dança e o circo, que se propagam 'pela qualidade do ar', num 'desafio à gravidade', como se lê na apresentação. O projeto conta com espetáculos como 'Medronho #1 - O fogo não tem quatro letras', 'Dancing!', 'Kâo: Embalos do Mundo' e 'Saison de Cirque - As Estações do Circo'.

O espetáculo teatral 'Medronho #1 - O fogo não tem quatro letras' tem a primeira apresentação no dia 10 de novembro, em Monchique, e lida com a paisagem deixada pelo incêndio de agosto, que se manteve ativo durante uma semana, fez 42 feridos e destruiu mais de 70 habitações e 27 mil hectares de floresta.

O artista Giacomo Scalizi, que partilha a direção artística de 'Lavrar o Mar' com a coreógrafa Madalena Victorino, convida o público a deslocar-se à serra de Monchique, proporcionando 'contacto visual e emocional' com um território que foi transformado pelo fogo, e onde 'não haverá medronhos nos próximos quatro anos'.

"A ideia era fazer um espetáculo com outros temas, mas achámos que tínhamos de fazer parte do luto da população", disse Giacomo Scalizi.

A peça - 'uma história do Romeu e Julieta Monchiquense' - tem texto de Sandro William Junqueira, interpretação de Pedro Frias e António Fonseca, e direção de Giacomo Scalisi.

'Dancing!' também contou com a direção de Giacomo Scalizi e Madalena Victorino, que prepararam um evento onde a gastronomia, a música e a dança se conjugam.

Durante um jantar com comida africana, será apresentada a Orquestra Vicentina e o grupo musical Fogo Fogo tocará músicas cabo-verdianas. A batata-doce será o alimento predominante no jantar, no âmbito do Festival da Batata Doce de Aljezur, que decorre em paralelo.

Para as crianças até aos três anos, 'Kâo: Embalos do Mundo' - com dramaturgia de Tânia Cardoso -- explora a ligação entre mães e filhos, proporcionada pelo colo e pelas canções de embalar, transmitidas de geração em geração.

'Lavrar o Mar' conta ainda com o espetáculo 'Saison de Cirque - As Estações do Circo', dos artistas franceses do Cirque Aïtal, que inclui números de malabarismo, acrobacia e volteio equestre, numa mistura de circo tradicional com novo circo, a realizar no final do ano.

A terceira edição do programa '365 Algarve', em que 'Lavrar o Mar' está inserido, arrancou na noite de sexta-feira e promete levar, até maio, aos vários concelhos do Algarve, mais de 400 iniciativas culturais para dinamizar o turismo na época baixa, dos quais, mais de uma centena de concertos, 52 espetáculos de teatro e 93 eventos e visitas ao património cultural.

O programa '365 Algarve' é financiado em 1,5 milhões de euros pelo Turismo de Portugal e operacionalizado pela Região de Turismo do Algarve e pela Associação de Turismo do Algarve.

No total, nesta terceira edição, foram selecionados 20 projetos, cinco dos quais apoiados pela primeira vez.

Nos últimos dois anos, o '365 Algarve' já promoveu 1.151 iniciativas e apoiou 89 projetos, a que assistiram 275 mil pessoas, num investimento global de três milhões de euros.

A programação do projeto 'Lavrar o Mar' vai chegar a Monchique e Alzejur, e pode ser consultada em www.lavraromar.pt.

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