Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

Anunciados hoje termos de cedência de coleção Miró

O Governo vai anunciar hoje os "termos dos acordos de cedência" à cidade do Porto da coleção de obras do artista catalão Joan Miró na posse do Estado, proveniente do antigo Banco Português de Negócios (BPN).

Anunciados hoje termos de cedência de coleção Miró
Notícias ao Minuto

06:17 - 24/10/18 por Lusa

Cultura Governo

A apresentação é feita hoje, na Câmara Municipal do Porto, pelo primeiro-ministro, António Costa, e pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, naquela que é a primeira aparição pública da sucessora de Luís Filipe Castro Mendes na tutela, contando também com a presença do presidente da autarquia, Rui Moreira, e da presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho.

Em comunicado, na segunda-feira, a Câmara Municipal do Porto referia que as três partes iriam apresentar "os detalhes dos acordos relativos ao destino da chamada Coleção Miró", enquanto o Governo mencionou os "termos dos acordos de cedência" do conjunto de obras.

Em dezembro de 2015, o primeiro ministro da Cultura do atual Governo, João Soares, disse ter proposto à Fundação de Serralves que a primeira exposição das obras do catalão Joan Miró provenientes do antigo BPN se realizasse naquele espaço.

Depois de, já em julho de 2016, Rui Moreira ter declarado que o Porto tinha condições para receber a coleção, dois meses mais tarde António Costa confirma que o conjunto de peças do artista catalão iria ficar mesmo na cidade.

"O Governo já tomou a decisão de fixar definitivamente na cidade do Porto a famosa coleção dos quadros de Miró de forma a que o Porto possa ter um novo polo de atratividade que ajude a consolidar e a reforçar a que tem tido ao longo dos últimos anos", afirmou António Costa.

O presidente da Câmara do Porto revelou, dias depois do anúncio do primeiro-ministro, que o espaço para acolher a coleção Miró seria a Casa de Serralves, onde já estava patente no âmbito da exposição "Joan Miró: Materialidade e Metamorfose".

"Depois de uma prudente ponderação, entendi que esta coleção notável, coerente e indissolúvel, agora sob a tutela da Câmara Municipal do Porto, não poderia, de momento, ficar em melhor lugar do que aqui na Casa de Serralves. Com a pronta concordância da fundação, posso agora revelar que este novo polo cultural do município ficará instalado nesta casa maravilhosa e queria também dizer que o senhor arquiteto Siza Vieira já aceitou o encargo de transformar esta casa de tal forma a que a coleção possa ficar aqui de forma permanente", declarou Moreira, na altura.

Segundo Rui Moreira, em outubro de 2016, o acordo com a Fundação de Serralves previa "a presença da fundação no futuro do Matadouro, em Campanhã, que a autarquia vai transformar num centro de desenvolvimento cultural, social e económico".

No relatório com as contas da autarquia para 2016, o presidente da câmara destacava, entre os projetos lançados, "a conceção do Museu Miró, sustentado na coleção que o Porto conquistou e de que a Câmara do Porto se responsabilizou, em parceria com a Fundação de Serralves".

Já no final do ano passado, a Câmara do Porto disse que assumiria os encargos com manutenção e seguros da coleção.

A coleção de Joan Miró em causa inclui um total de 85 obras, datadas entre 1924 e 1981, nas quais se encontram desenhos e outras obras sobre papel, pinturas (com suportes distintos), além de seis tapeçarias de 1973, uma escultura, colagens, uma obra da série "Telas queimadas" e várias pinturas murais.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório