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Arcade Fire deram "tudo agora" no Paredes de Coura 2018 e não desiludiram

Na última noite do Festival Paredes de Coura 2018 os Arcade Fire voltaram ao recinto "mais velhos", mas ainda com mais poder e mestria para acordar o público e reduzir o mundo a um "tudo agora".

Arcade Fire deram "tudo agora" no Paredes de Coura 2018 e não desiludiram
Notícias ao Minuto

06:25 - 19/08/18 por Lusa

Cultura Música

A banda canadiana, que regressou ao evento que terminou na noite de sábado na Praia Fluvial do Taboão, lembrou ainda o 'soul' de Aretha Franklin, que morreu na quinta-feira, e a "falta de alma" de Donald Trump.

"Perfeito do primeiro ao último acorde", foi a forma como foi descrito o concerto dos cabeça-de-cartaz da 26ª edição do Paredes de Coura, que teve ainda a particularidade de terminar com os acordes do mítico 'Walk on the wild side'ndo icónico Lou Reed.

'Everithing now' deu o mote para aquele que era o concerto mais aguardado do festival e "não desiludiu". Com a tradução do título a passar no ecrã no cimo do palco, 'Tudo Agora', foi mesmo isso que os Arcade Fire deram às cerca de 27 mil pessoas que foram à margem do Coa para os ver, ouvir e sentir.

Seguiram-se alguns dos êxitos da banda, dos vários álbuns já editados, 'Funeral', 'Neon Bible', 'Reflektor' ou 'The Suburbs', acompanhados com jogos de luz, cores, movimentos, uma bola de espelhos no meio do palco e sempre, sempre, pela voz do público.

Pelo meio, a banda lamentou a morte da 'rainha do soul', a norte-americana Aretha Franklin, e dedicou uma música à "falta de alma" do atual presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump.

'Wake Up', um dos temas de referência da banda, foi o último que os canadianos interpretaram, seguindo-se o repto final, 'Walk on the wild side', do fundador dos Velvet Underground.

Dando várias vezes a voz ao público no final das músicas, o vocalista, Win Butle, lembrou a primeira atuação da banda em Paredes de Coura, em 2005. "Voltamos agora, eramos uns miúdos, estamos mais velhos", disse, mas o espetáculo provou que o tempo apenas aprimorou a capacidade da banda de incendiar a audiência.

O diretor do Paredes de Coura de 2018, João Carvalho, disse à agência Lusa que em 2019 vai ser "feito mais e melhor".

"Vamos fazer sempre melhor. É um festival quase isolado dos outros, este não tem nenhum festival ao lado e por isso muito mais difícil de programar. O que prometo é que vamos melhorar ainda mais as infraestruturas e, apesar do nível de aceitação, vamos fazer mais e melhor porque cruzar aqui os braços só mesmo eu para as entrevistas", garantiu.

A edição que terminou já na madrugada de domingo, assumiu o responsável, ensinou algumas coisas à organização: "Aprendemos que fizemos uma restruturação no campismo que pode evoluir muito, aprendemos que podemos ter uma restruturação no recinto com ligação à rede de esgotos, que devemos criar mais zonas de descanso e conquistar mais algum espaço à floresta para a comodidade das pessoas", enumerou.

Para João Carvalho, uma das marcas do Paredes de Coura tem sido a preocupação ambiental, para além do "investimento no conforto do público e não só nas bandas".

"Sensibilizamos as pessoas para os problemas do meio ambiente, pedimos isso também aos patrocinadores, à Proteção Civil pedimos pessoas para esse trabalho de sensibilização ambiental e investimos imenso nas equipas de limpeza", destacou.

Pela Praia Fluvial do Rio Tabão passaram, entre quinta-feira e domingo, nomes como Pussy Riot, Diiv, Skepta, Slwodive, Dead Combo, Silva, Shame, The legendary Tigerman, Fleet Foxes ou Linda Martini.

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