"Falta de combatividade da oposição agrava-se quando Passos não fala"
Manuela Ferreira Leite analisa o debate parlamentar em torno do Plano de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas.
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Política Notícias
Como é habitual às quintas-feiras, Manuela Ferreira Leite compareceu nos estúdios da TVI para analisar a atualidade política. No centro do comentário esteve o debate parlamentar que teve lugar hoje na Assembleia para se discutir o Plano Nacional de Reformas e o Plano de Estabilidade.
Se houve algo que marcou essa discussão foi o silêncio do líder da oposição Pedro Passos Coelho, que deixou Ferreira Leite “espantada” e “sem perceber” o motivo para tal atitude. “A sensação com que se fica é que o Partido Socialista está numa atitude de combate à política anterior e o PSD está numa atitude defensiva e não diz o que faria se estivesse no Governo. Ao não fazer isso, fica a ideia que tudo estava a ser como o anterior governo desejava e que, se lá estivesse, continuaria com a mesma política”, explica.
A intervenção da oposição que mais marcou o debate veio de Maria Luís Albuquerque, que disse que as políticas que o Governo quer adotar levarão o país por um mau caminho, mas isso “é o tipo de discurso que já não cola na opinião pública”. A antiga governante diz até que a “pouca combatividade agrava-se quando o líder da oposição não fala”.
“A oposição está num momento mais nobre que pode existir que é estar a debater com o primeiro-ministro cuja oposição discorda. Se discorda, não deve manter a posição de defender aquilo que fez”, acrescenta.
Ainda sobre a resolução proposta pelo CDS em levar ambos os documentos a votação parlamentar, Ferreira Leite considera que “o objetivo da ideia era comprometer o Bloco e o PCP com algo sobre o qual sempre estiveram contra”. No entanto, a comentadora disse que “isso não tem grandes efeitos porque, tal como disse António Costa, é uma geringonça que funciona”.
“O grande objetivo dos partidos que apoiam o Governo não é que a sua política seja seguida, porque sabem que não vai ser seguida, mas é não deixar que a Direita assuma novamente o poder. Nesse sentido, qualquer votação que terão de fazer justificam-na desta forma”, rematou.
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