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Ex-espião "contente" com 'job' no Governo

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, criaram um posto trabalho exclusivo na Presidência do Conselho de Ministros para o antigo espião, Silva Carvalho, que, por sinal está envolvido num processo de corrupção associado ao caso das secretas. Ora, num comunicado enviado por escrito à rádio TSF, o ex-espião, frisa: “Finalmente, o Governo cumpriu a lei e atribuiu-me o lugar a que tinha direito”.

Ex-espião "contente" com 'job' no Governo
Notícias ao Minuto

07:54 - 27/03/13 por Notícias Ao Minuto

Política Silva Carvalho

“Fiquei contente com a notícia na medida em que, finalmente, o Governo cumpriu a lei e atribuiu-me o lugar a que tinha direito e também é com muito gosto que regressarei ao serviço público”. É desta forma que o antigo espião, Silva Carvalho reage, num depoimento escrito, citado pela TSF, à sua integração no mapa de pessoal da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, em categoria equivalente à que possui no serviço e no escalão em que se encontrar posicionado”, de acordo com o despacho publicado ontem em Diário da República.

Aliás, o mesmo documento assinala que Silva Carvalho será incluído na “carreira de técnico superior, e na posição remuneratória automaticamente criada de montante pecuniário correspondente à remuneração base auferida na carreira e categoria de origem”, pelo que o antigo espião irá auferir o mesmo ordenado que embolsava como director dos Serviços de Informações Estratégicas e Defesa (SIED), e isto, sublinhe-se, com efeitos retroactivos face aos dois anos que esteve afastado da Função Pública.

À TSF Jorge Silva Carvalho confirmou que fez dar entrada em tribunal uma acção para processar judicialmente o primeiro-ministro e o ministro das Finanças, no passado dia 19 de Fevereiro, com o intuito de obrigar o Executivo a cumprir a lei, ou seja, a reintegrá-lo no Estado, tal como está previsto para os antigos elementos dos serviços secretos.

Recorde-se que Silva Carvalho deixou as secretas para aceitar um convite da Ongoing, empresa dirigida por Nuno Vasconcellos, tendo sido acusado de abuso de poder, corrupção passiva, acesso ilegítimo agravado e violação do segredo de Estado. Na base da acusação, esteve a alegada cedência de informações secretas à Ongoing, quando à data ainda era director do SIED.

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