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"Até agora não vi ninguém a agir com tanta clareza" como Maria de Belém

No espaço de opinião no Público, o eurodeputado do PS, Francisco Assis comenta as eleições legislativas e presidenciais.

"Até agora não vi ninguém a agir com tanta clareza" como Maria de Belém
Notícias ao Minuto

14:53 - 03/09/15 por Notícias Ao Minuto

Política Francisco Assis

"Causou algum espanto o facto de Maria de Belém ter anunciado a sua candidatura presidencial no mesmo dia em que foi formalizada no tribunal a entrega da lista de candidatos a deputados do PS pelo círculo de Lisboa, que ela própria integra na condição de suplente", comenta o eurodeputado do PS sobre a decisão de a ex-ministra da Saúde ter anunciado que se vai candidatar após as legislativas.

Contudo, considera que foi uma boa opção por parte da socialista por uma questão de "honestidade política". "Ao aceitar participar na lista do PS revelou fidelidade à família política a que pertence; ao declarar a intenção de uma candidatura presidencial futura manifestou lealdade para com os seus potenciais eleitores oriundos de outros espaços políticos", frisa.

"Não escondeu nada, não fugiu coisa nenhuma, não renegou aquilo que sempre foi. Até agora ainda não vi ninguém a agir com tanta clareza", reforça.

Já sobre as eleições legislativas que se aproximam 'ferozmente', Francisco Assiss considera que a "4 de outubro à noite a maioria dos portugueses estará ansiosamente à espera de uma informação: quem vai ser o próximo primeiro-ministro. Tudo o resto é objetivamente secundário".

"Se for Pedro Passos Coelho, ficará consagrada a vitória de um modelo de governação conservador e liberal, bem patente no programa da coligação; se for António Costa, abrir-se-á um novo ciclo político marcado pela prevalência de uma visão tipicamente social-democrata".

Para o eurodeputado, "mesmo sem maiorias absolutas, de um lado ou de outro, a figura do primeiro-ministro determinará a natureza da nova legislatura. No início todos os chefes do Governo são fortes, mesmo quando não dispõem de suporte parlamentar maioritário, desde que possam usar com verosimilhança a ameaça da crise política".

"Claro que um primeiro-ministro que tenha exercido anteriormente com maioria absoluta não estará tão forte como alguém acabado de chegar ao desempenho dessa função. António Costa, numa circunstância desta natureza, teria ainda uma outra vantagem - a de poder confrontar simultaneamente os partidos situados à esquerda e à sua direita com as suas responsabilidades, ou, pelo contrário, com as suas responsabilidaes", explica, referindo ser "muito importante associar ao confronto das personalidades o cotejo dos programas em disputa".

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