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"Desculpem a presunção, eu era o melhor candidato"

Pedro Santana Lopes falou, esta sexta-feira na antena da SIC Notícias, sobre a sua decisão de não concorrer às eleições presidenciais.

"Desculpem a presunção, eu era o melhor candidato"
Notícias ao Minuto

22:25 - 28/08/15 por Patrícia Martins Carvalho

Política Santana Lopes

“Peço às pessoas para se porem no meu lugar”, disse Pedro Santana Lopes quando esta noite explicou por que razão optou por não entrar na corrida à Belém.

O ex-autarca disse várias vezes que se tratou de uma “decisão e de uma ponderação muito difícil”.

“Estava convencido que podia fazer bem ao meu país enquanto Presidente da República”, disse. Porquê? “Porque ninguém tem mais experiência do que eu em muitos campos, mas também pela minha capacidade de lidar com processos políticos difíceis”, explicou, pedindo “desculpa pela presunção”.

“Mas ao olhar para aquela que é a realidade da vontade dos portugueses espelhada em sondagens e nas posições que chegam do próprio espaço político em que me insiro, tive que pensar profundamente se valia a pena ir contra tudo e contra todos ou se o meu dever maior era continuar a exercer o mandato de Provedor da Santa Casa da Misericórdia”, continuou.

No entanto, admitiu que se as sondagens indicassem outra vontade por parte dos portugueses, então sim, avançaria.

“Se as sondagens me dessem o primeiro lugar e eu sentisse esse movimento… isso era o dever maior. O dever maior é a chefia do Estado”, afirmou.

A questão dinheiro e a questão Marcelo Rebelo de Sousa não foram decisivas para a sua decisão, garantiu, frisando que “não há falta nenhuma de dinheiro e quando dizem que é por causa do Marcelo Rebelo de Sousa é porque não me conhecem”.

Outra das razões que o levou a não entrar na corrida à Presidência foi o facto de não se “rever” naquela que está a ser a pré-campanha presidencial. “Esta fulanização, isto de vou escolher aquele porque simpatizo mais com ele… não me revejo nisto”, assegurou, descrevendo aquela que considera que deve ser a campanha presidencial: “Tem de haver uma elevação e uma grandeza que não vejo”.

Assim, adia o seu “sonho para o país”, sonho no qual queria ver “outro papel para o Presidente da República” e fica pelo lugar onde agora pode “ser mais útil”, a Santa Casa da Misericórdia.

“Gostava de ver a justiça a funcionar de outra maneira, por exemplo, e o Presidente da República tem que ser um agente dessas causas”, vincou, concluindo que “quem está na vida política e quer liderar tem que ir pela sua razão”.

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