Com ou sem maioria, Albuquerque teve "vitória política expressiva"
O comentador destaca capacidade estratégica do candidato social-democrata que "fez frente” a Jardim.
© DR
Política Augusto Santos Silva
Tivesse ou não atingido maioria absoluta, Augusto Santos Silva destaca a “vitória política muito expressiva” de Miguel Albuquerque na Madeira.
A recontagem dos votos acabou por dar maioria absoluta ao PSD depois do erro informático que não passou de um susto para os socialistas.
“Do ponto de vista de estratégia politica só tenho de tirar o chapéu a Miguel Albuquerque, que conseguiu fazer frente a Jardim”, disse Augusto Santos Silva na TVI24, até porque, considerou, “é difícil construir numa região como a Madeira uma carreira profissional, uma vida cívica, um percurso pessoal independente de um governo social-democrata e dos outros organismos tentaculares que o jardinismo foi construído”.
Na opinião do comentador, o candidato social-democrata “conseguiu ser o elemento percecionado como exterior ao jardinismo enquanto os seus adversários surgiram como produtos do jardinismo”.
Para o antigo ministro socialista há uma lição nacional a retirar da Madeira: “muito cuidado com a análise das sondagens”. A dimensão da derrota do PS “foi absolutamente surpreendente” mas “os resultados da Madeira não são extrapoláveis para o resto do território”, lembra.
A decisão de não fazer eleições primárias para designar o seu candidato ao governo regional, ao contrário do que o PS fez a nível nacional e a tentativa de recuperar a aliança - “que acabou por constituir uma espécie de salada de frutas” – foram, segundo Santos Silva, os “erros de estratégia do PS” que explicam os resultados.
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