Portugal volta a ter condições para reequipar Forças Armadas
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou hoje em Coimbra que Portugal tem "outra vez" condições para poder reequipar as suas Forças Armadas.
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Política Defesa
O ministro José Aguiar-Branco sublinhou que foi possível "aumentar a capacidade operacional", com a reforma "Defesa 2020", e reequipar as Forças Armadas, através da revisão da Lei da Programação Militar.
"É possível hoje Portugal ter outra vez condições para poder reequipar as Forças Armadas", disse o ministro da Defesa Nacional, questionado por um jornalista sobre a falta de meios militares.
Como exemplo, José Aguiar-Branco frisou que foram "adquiridos navios de lancha costeira" e "vão ser construídos" navios de patrulha oceânica, estando prevista também a aquisição de viaturas táticas.
"Há quatro anos, a nossa discussão era como íamos pagar os salários dos militares no mês seguinte. Quatro anos depois, estamos a considerar que temos capacidade para reequipar as Forças Armadas", constatou.
Sobre as críticas do presidente cessante da Associação Nacional de Sargentos, José Aguiar Branco referiu que Lima Coelho "exerceu o seu mandato mais preocupado com a ação política do que com matérias de natureza de defesa".
Lima Coelho acusou na segunda-feira o ministro da Defesa de ser "habilidoso, mentiroso e cobarde" a propósito das conversações para a revisão do Estatuto dos Militares.
José Aguiar-Branco falava à comunicação social, à margem da sessão "Como conciliar o tempo da justiça com a liberdade de informar", que ocorreu no Centro de Eventos Bissaya Barreto, em Coimbra.
A sessão, inserida no ciclo de debates "Ter Estado", contou com a presença do ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, do ex-bastonário da Ordem dos Advogados Rogério Alves, de José Manuel Fernandes, do jornal online Observador e do procurador-geral adjunto João Aibéo.
Durante o debate, Rui Rio sublinhou que Portugal apenas irá fazer "uma reforma de fundo" da justiça, se conseguir "o mais amplo dos consensos".
"Este consenso nacional tem de ser feito com a sociedade, explicando o diagnóstico e a forma como se pretende alterar" o sistema, referiu.
O ex-autarca social-democrata falou ainda da necessidade da existência do segredo de justiça, frisando que, "se [o segredo de justiça] acabar, é o Estado a ajoelhar-se perante os ditames das vendas e dos lucros" - única "preocupação" da comunicação social, "que alienou as funções de interesse público".
Os julgamentos populares "enquadram-se num regime totalitário" e usar "o sistema judicial para fins políticos", é a política "no seu estado mais rasca", criticou Rui Rio.
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