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PS exige que Passos lute por mecanismos de flexibilidade

O PS considerou hoje que o primeiro-ministro tem a "obrigação patriótica" de lutar para que Portugal tenha pleno acesso aos mecanismos de flexibilidade para efeitos de cálculo do défice projetados pela Comissão Europeia.

PS exige que Passos lute por mecanismos de flexibilidade
Notícias ao Minuto

18:23 - 28/01/15 por Lusa

Política União Europeia

Este desafio foi feito pelo vice-presidente da bancada socialista Vieira da Silva, numa intervenção em plenário, na Assembleia da República, durante a qual acusou o primeiro-ministro de estar "no lado errado da História" e apelou também ao Governo para acabar com "a ladainha" de que Portugal não é a Grécia, porque os dois países apresentam alguns problemas comuns.

Na sua intervenção, Vieira da Silva evidenciou a decisão da Comissão Europeia no sentido de "flexibilizar as condicionalidades da política económica para os Estados-membros, permitindo que alguma despesa pública não seja incluída no cálculo do défice para efeitos de avaliação dos limites do PEC" (Pacto de Estabilidade e Crescimento).

Para o ex-ministro socialista, "todos temos a obrigação patriótica de lutar para que Portugal tenha acesso pleno à flexibilidade agora aprovada".

"É agora que Portugal mais precisa de estímulos para a recuperação económica e é agora que a voz do Governo de Portugal se devia claramente ouvir", justificou.

Em relação ao primeiro-ministro, Vieira da Silva criticou-o por ter feito "inúmeras intervenções a desvalorizar e a criticar" as medidas de flexibilização para efeitos de cálculo do défice e de também ter estado "no lado errado da História" ao "opor-se "à intervenção do Banco Central Europeu nos mercados das dívidas soberanas".

Na reação a este discurso, o deputado do PSD Hugo Soares contrapôs que quem esteve no lado errado da História foi o anterior Governo socialista "que quase levou o país à bancarrota, que aumentou ao défice e a dívida de forma exponencial, o que motivou a intervenção externa".

Hugo Soares defendeu também a existência de grandes diferenças entre Portugal e a Grécia, não só em termos de indicadores macroeconómicos, mas também ao nível político.

"Basta olhar para o Syriza português, o Bloco de Esquerda, que tem cada vez menor força eleitoral", afirmou o ex-líder da JSD.

Já a deputada do Bloco de Esquerda Cecília Honório desafiou Vieira da Silva a esclarecer em definitivo a posição do PS em matéria de renegociação da dívida, considerando que o atual líder dos socialistas, António Costa, nada tem dito em concreto sobre esta matéria.

Vieira da Silva respondeu que o PS defende soluções de compromisso na União Europeia e que "dá uma atenção particular ao quanto custa hoje o pagamento de juros da dívida em Portugal".

"Portugal paga mais juros em percentagem do PIB do que a Grécia. Essa é uma diferença entre os dois países", apontou o ex-ministro da Economia do segundo executivo liderado por José Sócrates.

Pela parte do PCP, a deputada Paula Santos acusou também o PS de estar numa posição de indefinição, mas considerou "um mau augúrio" o apoio que deu à decisão do BCE de comprar dívida pública.

"Uma operação que mais não serve do que injetar dinheiro no sistema financeiro", sustentou Paula Santos.

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