Bloco protestou contra prova de avaliação de professores "inútil"
Alguns professores, militantes do Bloco de Esquerda, protestaram hoje junto à escola Avelar Brotero, em Coimbra, contra a realização da prova de avaliação por ser "absolutamente inútil".
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Política Coimbra
Militantes do BE distribuíram alguns folhetos contra a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) a professores que entravam na escola e empunharam alguns cartazes onde se podia ler "Não à PACC".
"A PACC não tem credibilidade", sendo um "ataque aos professores", ao não avaliar "o trabalho já feito pelos docentes contratados", criticou o militante do Bloco de Esquerda e professor, António José André.
O professor, que estava destacado para vigiar na escola Martim de Freitas, em Coimbra, decidiu fazer greve, recusando-se "a participar no processo".
Na escola secundária Avelar Brotero, estiveram quatro professores convocados para vigiar a prova, num universo de 140, sendo que dos 30 docentes que iam realizar a prova naquela escola, quatro faltaram.
Não foi o caso de Joana Silva, de 27 anos, com 416 dias de tempo de serviço, que se deslocou à Avelar Brotero para realizar a prova.
Apesar de ter ido, a docente considerou que a prova "não é correta", tendo ido realizá-la "contrariada".
"O ano passado não fiz a PACC e acabei prejudicada", tendo a sua inscrição no concurso de professor não sido validada, sendo que agora foi "praticamente obrigada" a realizar a prova.
A professora da escola Avelar Brotero, Maria Dias Loureiro, esteve presente no protesto como forma de prestar solidariedade para "com os colegas obrigados a participarem num mero exercício de humilhação".
A prova "não é minimamente séria" e a sua manutenção "depende da capacidade dos professores dentro do sistema em lutar contra esta medida absolutamente inútil".
A escola secundária Avelar Brotero foi uma das cinco escolas onde se realizou a PACC hoje, no concelho de Coimbra, tendo sido feita também na escola Martim de Freitas, Eugénio de Castro, Dona Maria e Jaime Cortesão.
Na escola Martim de Freitas esteve presente o Sindicato dos Professores da Região Centro e na escola Eugénio de Castro estiveram elementos do movimento Boicote&Cerco.
Quase três mil professores contratados devem fazer hoje a prova de avaliação docente, um exame que motivou a convocação de concentrações de professores e de uma greve, para a qual os sindicatos esperam uma adesão "muito significativa".
A prova destina-se a professores contratados com menos de cinco anos de serviço e é condição necessária para se poderem candidatar a um lugar nas escolas.
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