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"Estratégia para o país não pode assentar no empobrecimento"

O candidato às eleições primárias do PS António Costa classificou hoje como fundamentais as políticas públicas de aposta contínua na educação e na ciência para a internacionalização económica das empresas nacionais, criticando a via da austeridade.

"Estratégia para o país não pode assentar no empobrecimento"
Notícias ao Minuto

14:28 - 17/09/14 por Lusa

Política António Costa

António Costa falava no final de uma visita à empresa tecnológica "Tekever", no Parque das Nações, em Lisboa, que desenvolve sistemas nas áreas das comunicações especiais, com particular destaque para projetos de colocação de pequenos satélites em rede e de controlo de aviões não tripulados.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o presidente da Câmara de Lisboa salientou a crescente internacionalização desta empresa (já com representações em países como os Estados Unidos, Reino Unido, Brasil ou China) e classificou-a como "um bom exemplo" da estratégia de desenvolvimento do país.

"A estratégia de desenvolvimento do país não pode assentar nem no empobrecimento, nem na multiplicação da austeridade, mas sim na qualificação. Esta empresa é exemplar da ligação da ciência à economia", sustentou o candidato socialista às eleições primárias do PS do próximo dia 28, que têm como objetivo escolher o candidato socialista a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas.

De acordo com António Costa, o desinvestimento na ciência ou na educação "não é só mau para os dias de hoje, mas também compromete o desenvolvimento futuro".

"Felizmente há vários bons exemplos no país. Se não houver uma política pública que valorize a educação, o Ensino Superior, a ciência, a investigação e a internacionalização, dificilmente os agentes privados podem de forma isolada" expandir-se no mercado mundial, advogou o autarca de Lisboa.

Neste contexto, António Costa insistiu na necessidade de Portugal "ter uma agenda para a década que dê um rumo ao país, mobilizando o conjunto das energias nacionais, desde as universidades, aos investidores e empresas".

"Essa estratégia com base na aposta na investigação tem de ter continuidade. Não podemos dar num período prioridade à ciência, mas depois considerar-se que essa área afinal não é prioritária. A situação de estagnação em que nos encontramos não é uma fatalidade. Temos recursos humanos, científicos e empresariais para fazer o que esta empresa fez", apontou.

Durante a visita, Ricardo Mendes, administrador e sócio fundador da "Tekever", apresentou a António Costa projetos tecnológicos para facilitar pagamentos por via eletrónica, projetos de pequenos aviões não tripulados para sobrevoar zonas perigosas do ponto de vista da segurança (ou para identificar o estado de terrenos agrícolas), assim como um aparelho que se coloca na cabeça de um piloto para captar através de sensores eletrónicos reações do seu sistema nervoso.

António Costa foi depois questionado pelos jornalistas sobre os hipotéticos benefícios na vida política se esse aparelho aplicado ao cérebro começasse a ter utilização generalizada.

"Pensei, precisamente, que, com esse equipamento, seria possível não só transmitirmos aquilo que pensamos através da linguagem, mas as pessoas também em casa acompanharem aquilo que estamos a pensar para o futuro do país. Passar do pensamento à ação é a angústia de qualquer político - e aqui estaria realizado através desse equipamento. É um equipamento que agora está apenas nos comandos de um avião, mas que um dia até poderá estar instalado junto aos comandos de um país", admitiu.

Ainda sobre a utilização na vida política dessa tecnologia de captação de sinais nervosos do cérebro, um jornalista confrontou Costa com a possibilidade de o aparelho poder revelar publicamente receios de derrota eleitoral.

"Não, nada disso", contrapôs o dirigente socialista.

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