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Histórico da PJ em preventiva, mas pode passar a domiciliária

O advogado de Carlos Dias Santos, arguido na "Operação Aquiles", disse ontem que o antigo coordenador da PJ ficou em prisão preventiva, mas que há a possibilidade de alteração da medida de coação para prisão domiciliária.

Histórico da PJ em preventiva, mas pode passar a domiciliária
Notícias ao Minuto

08:26 - 14/04/16 por Lusa

País Operação

O Tribunal Central de Instrução Criminal (DCIAP) decidiu ontem colocar em prisão preventiva nove dos arguidos da "Operação Aquiles", entre os quais dois destacados elementos da PJ e um militar da GNR.

Melo Alves, advogado de Carlos Dias Santos, ex-coordenador da PJ na reforma, adiantou aos jornalistas, à saída do tribunal, que os fundamentos do juiz Carlos Alexandre para aplicar ao seu cliente a prisão preventiva, medida de coação mais grave, foram o perigo de perturbação da prova e de continuação da atividade criminosa.

Sobre a possibilidade de alteração da medida para prisão domiciliária, o advogado disse que tal está dependente de um relatório da Direção-Geral de Reinserção Social.

Carlos Santos Dias foi transferido para o Estabelecimento Prisional de Évora, destinado a reclusos que tenham desempenhado funções, nomeadamente nas forças policiais.

Melo Alves admitiu que a medida de coação de prisão preventiva aplicada a outros oito arguidos possa ser atenuada também para prisão domiciliária.

Quanto ao processo, classificou-o como "complexo", que "ainda vai no adro", assinalando que a defesa "vai contrapor outra prova", porque "a verdade é outra".

A "Operação Aquiles" foi desencadeada a semana passada e foram constituídos 17 arguidos, 15 dos quais hoje presentes a tribunal.

Os restantes seis arguidos hoje ouvidos "ficam sujeitos a apresentações periódicas no órgão de polícia criminal mais próximo das respetivas residências, à proibição de ausência do território nacional e também à proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos do processo", segundo uma nota da Procuradoria-Geral da Republica enviada à Lusa.

Os outros dois arguidos são advogados e ficaram sujeitos a Termo de Identidade a Residência.

O processo envolve suspeitas de corrupção ativa e passiva, tráfico de droga agravado, associação criminosa e branqueamento de capitais.

Entre os vários detidos na Operação Aquiles estão dois elementos da própria Polícia Judiciária, o coordenador reformado da PJ Carlos Dias Santos e o inspetor-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) Ricardo Macedo, assim como o cabo da GNR do destacamento de Torres Vedras José Manuel Baltazar Silva.

Carlos Dias Santos esteve 38 anos na PJ e pertenceu à Direcção Central de Investigação de Tráfico de Estupefacientes (DCITE) e à Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB).O inspetor-chefe Ricardo Macedo, outro dos detidos, trabalhava na UNCTE.

A investigação está a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, em colaboração com a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefaciente, num inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

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