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"Transportes públicos: Quais? A que preço?"

Historiadora lança farpas ao Governo pelo incentivo ao uso de transportes públicos e questiona: “Quais? A que preço?”.

"Transportes públicos: Quais? A que preço?"
Notícias ao Minuto

18:29 - 08/02/16 por Goreti Pera

País Raquel Varela

O incentivo do primeiro-ministro António Costa para que os portugueses andem mais de transportes públicos poderia ser bem recebido se não fosse necessário colocar nos dois pratos da balança o tempo gasto em deslocações e o valor do passe. A convicção é de Raquel Varela, que se debruçou sobre o tema, no seu blog.

“António Costa mandou os portugueses andar de transportes públicos. Agradecemos o incentivo moral. Agora só falta o estímulo material de dar transportes públicos aos cinco milhões que vivem fora das áreas metropolitanas e às (centenas de milhar) que ou vão de carro para o trabalho ou levam duas horas em três transportes a chegar ao trabalho, gastando 4 a 5 horas por dia e 130 euros em passe ‘social’ ou 1 hora e meia ou 1 hora e 200 euros em gasolina”, escreveu, num post intitulado “Quais transportes públicos?”.

O elevado custo dos transportes públicos e o mau funcionamento dos serviços (nomeadamente fora das áreas metropolitanas) são as falhas apontadas pela historiadora, que aponta ainda o dedo aos impostos que recairão sobre os condutores.

“Ficaríamos também felizes em saber que os impostos sobre a gasolina e o carro vão ser utilizados a reconstruir a rede ferroviária e não a remunerar as parcerias público privadas rodoviárias, que neste orçamento engolem mais de mil milhões de euros. Mas isso seria atingir não os milhares de famílias que ganham dois mil euros – que o PS já assumiu com despudor que é quem vai pagar a maior parte da fatura – mas os 25 milionários que detêm a riqueza equivalente a 8% do PIB”, insurgiu-se a investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.

“Minoria por minoria mais vale avançar sobre médicos, advogados, professores, pequenos comerciantes, pequenos produtores, operários qualificados”, criticou ainda Raquel Varela, rematando com a questão: “Transportes públicos: Quais? A que preço?”.

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