Suspeita de boicote no Citius deixa Justiça "sob suspeita"
Os juízes mostraram-se, em declarações ao Público, preocupados com a suspeita de que possa ter havido intenção de boicotar a plataforma Citius que esteve 44 dias inativa. E mais. Os magistrados querem que a investigação seja o mais breve possível pois só assim será possível ?evitar mais danos na credibilidade da Justiça?.
© Reuters
País Juízes
Na sexta-feira, o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) entregou ao Ministério da Justiça um relatório sobre o “caos” no Citius que aponta a existência de indícios de que as chefias intermédias terão omitido à tutela informações importantes sobre o estado da plataforma.
Perante este cenário, Paula Teixeira da Cruz enviou o documento para a Procuradoria-Geral da República e a instaurou um inquérito interno para apurar responsabilidades.
Na senda desta nova polémica, o jornal Público conversou com alguns sindicatos do setor da Justiça e todos eles defenderam uma rápida investigação ao caso.
A secretária-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Maria José Costeira, descreveu a situação como “gravíssima” e defendeu que “a suspeita de que ocorreram omissões ou boicote na plataforma tem de ser rapidamente esclarecida” até porque, sublinha, é a única forma de “evitar mais danos na credibilidade da Justiça”.
Opinião semelhante tem o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais que considera que com toda esta polémica é “o próprio sistema de Justiça que está sob suspeita”.
Já o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público aproveitou a ocasião para voltar a defender a necessidade de o sistema informático da Justiça passar a ser gerido pela magistratura e “não pelo Ministério”, pois, sublinha, o sistema tem de ser “robusto”.
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