Presidente da Câmara do Marco sensibiliza Passos sobre o IC35
O presidente da Câmara do Marco de Canaveses avançou hoje à Lusa que vai sensibilizar o primeiro-ministro para "urgência" do IC35, como estrada "essencial" para apoio ao setor industrial do granito.
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País Estradas
"Precisamos urgentemente de ter a substituição da estrada nacional 106, que continua a ser muito sinuosa e com muita sinistralidade", acentuou Manuel Moreira, para quem a economia da região está a ser prejudicada.
As declarações do social-democrata ocorrem a poucos dias do início da quarta edição da Bienal da Pedra, no sul do concelho do Marco de Canaveses, evento que, conforme avançou hoje o autarca, vai ser inaugurado pelo chefe do Governo, na sexta-feira.
O presidente do município insiste que o IC35, com ligação da A4, em Penafiel, à zona de Entre-os-Rios, na partilha com o município do Marco de Canaveses, facilitaria a acessibilidade de Alpendurada, onde se situam algumas das maiores empresas do país no setor dos granitos, ao Porto de Leixões, usado para as exportações.
À Lusa recordou que as dezenas de camiões que diariamente transportam a pedra do Baixo Concelho do Marco de Canaveses até aquela infraestrutura portuária demoram cerca de duas horas a cumprir o percurso.
"Pretendo mostrar [ao primeiro-ministro] que o setor da pedra é muito importante para a economia regional e nacional, que emprega muitos trabalhadores e que são o sustento de muitas famílias", assinalou.
Aquela atividade industrial emprega no Marco de Canaveses mais de 4.000 pessoas (cerca de 40 empresas) e é responsável por 15.000 postos de trabalho indiretos, segundo números da confraria do setor.
A exportação de granito produzido em Alpendurada mais do que triplicou em oito anos, ultrapassando as 600.000 toneladas e uma faturação de 100 milhões de euros, de acordo com dados recentes avançados à Lusa por empresários da região.
Moreira lamentou que os sucessivos governos, desde 2001, não tenham sido sensíveis aos argumentos dos empresários e autarcas de um setor importante na economia portuguesa.
À Lusa, o presidente da Câmara disse estar "expectante" quanto à possibilidade de o arranque da obra acontecer a curto prazo.
"O primeiro-ministro anunciou, durante a vista a Agrival, em agosto, que até ao final do ano iria ser lançado o concurso do primeiro troço, entre a A4 e Rans", lembrou o autarca.
Contudo, para Moreira, a região só ficará satisfeita quando for anunciada a realização da totalidade da empreitada.
A quarta edição da Bienal da Pedra decorre de sexta-feira até domingo, na vila de Alpendurada.
O certame conta com 80 expositores, a maioria daquela região.
Manuel Moreira prevê um certame "vivo e com muita dinâmica".
"Espero que este ano possa ser mais uma mostra do setor da extração, transformação e comercialização dos granitos e derivados com mais sucesso e mais participação", observou.
No conjunto dos três dias de bienal, vão decorrer atividades de animação musical e cultural.
O recinto contará ainda com zonas dedicadas à restauração e ao artesanato da região.
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