Dois mil engenheiros saíram de Portugal desde 2011
Em apenas dois anos e meio, a Ordem dos Engenheiros já emitiu declarações para que dois mil engenheiros possam rumar ao estrangeiro para trabalhar. Segundo o Jornal de Notícias (JN), se alguns vão pela internacionalização, outros vêem-se obrigados a rumar a outros países por força da emigração. Este ano, a maioria rumou a Angola.
© Reuters
País Dados
Desde 2011, cerca de dois mil engenheiros abandonaram Portugal. Segundo os dados avançados pela Ordem dos Engenheiros ao Jornal de Notícias (JN), seja pela internacionalização ou pela obrigação de emigrar, nestes últimos dois anos e meio, 436 rumaram ao Brasil, 333 a Moçambique, 311 a Angola e 137 ao Reino Unido.
Quanto a saída de Portugal é por imposição da falta de oportunidades no país, o destino dos engenheiros emigrantes tem sido Angola e Moçambique, embora o Brasil continue com uma grande número de trabalhadores portugueses da área.
Para o presidente da Ordem dos Engenheiros da região Norte, Fernando Almeida Santos, a emigração de trabalhadores do setor “corresponde à perda de cérebros, de jovens recém-licenciados, em áreas ligadas às novas tecnologias e informática” que, defende, neste caso acabam por rumar ao Norte da Europa.
No que toca à Engenharia Civil, esta tem sido um dos segmentos mais preocupantes para a ordem, uma vez que este ano letivo apenas 60 candidatos ao Ensino Superior escolheram esta área como primeira opção.
Aos olhos de Almeida Santos, trata-se de um sinal da “perda de prestígio das engenharias, do excesso de engenheiros formados nos últimos anos e das dificuldades do emprego”, cita o Jornal de Notícias.
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