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Sindicatos alemães da indústria automóvel organizam greves parciais

A união dos sindicatos metalúrgicos alemães IG Metall organizou hoje uma série de paralisações que afetam diretamente a indústria automóvel, um setor que envolve mais de três milhões de trabalhadores, na Alemanha.

Sindicatos alemães da indústria automóvel organizam greves parciais
Notícias ao Minuto

09:29 - 29/04/16 por Lusa

Mundo IG Metall

O período de tréguas que estava estabelecido entre os sindicatos e as empresas e que impedia qualquer ação laboral durante as negociações pelo aumento dos salários terminou hoje de madrugada, tendo a IG Metall organizado de imediato paralisações em várias fábricas do país.

Verificaram-se paralisações parciais na fábrica da Daimler, na cidade de Bremen, nas unidades industriais da Mercedes e da ArcelorMittal, em Hamburgo, na Ford em Colónia e na Áudi em Ingolstadt.

As fábricas de componentes automóveis como a Continental, a empresa de camiões MAN e as instalações fabris do grupo francês Alstom podem também ser afetadas pelas ações da união sindical durante as próximas horas, de acordo com informações recolhidas pela France Presse junto dos porta-vozes da IG Metall.

Os contactos sobre os acordos salariais estabelecidos entre a união sindical e a federação patronal Gesamtmetall terminaram em março.

Desde o princípio de abril que as partes têm estado a negociar, sem resultados, um novo acordo para o setor que envolve três milhões e 400 mil trabalhadores.

A união sindical IG Metall exige um aumento salarial de cinco por cento argumentando que o setor tem registado recentemente "lucros confortáveis".

Os trabalhadores rejeitam a iniciativa da federação patronal que propôs aumentos salariais de 2,1 por cento, durante os próximos dois anos.

As negociações salariais na indústria automóvel podem influenciar outros setores profissionais na Alemanha que também exigem novos aumentos.

Segundo a France Presse a IG Metall costuma ameaçar com greves parciais para endurecer o clima das negociações mas não decreta uma greve total desde 2002.

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