Tunísia faz 500 milhões de dólares com bens de Presidente deposto
A Tunísia fez quase 500 milhões de dólares (442 milhões de euros) com a venda dos bens confiscados ao Presidente deposto Zine El-Abidine Ben Ali e seus aliados, disse hoje o ministro das Finanças tunisino.
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Mundo Ministro
Nos meses seguintes à fuga de Ben Ali para a Arábia Saudita, após a revolução de janeiro de 2011 que pôs fim ao seu regime, o país apreendeu centenas de empresas, propriedades, veículos de luxo e jóias pertencentes ao ex-chefe de Estado, à sua família e aos seus aliados.
"Desde 2011, fizemos cerca de 1,5 mil milhões de dinares, [dos quais] cerca de mil milhões (500 milhões de dólares, 442 milhões de euros) entraram nos cofres do Estado", precisou o ministro das Finanças, Slim Chaker.
"Os outros 500 milhões de dinares serviram para pagar dívidas", acrescentou.
As receitas das vendas reverteram para o orçamento do Estado e permitiram ao país pedir menos dinheiro emprestado, referiu, embora se trate de um processo lento: só alguns dos bens foram vendidos até agora, incluindo num leilão realizado no final de 2012.
Obstáculos à venda dos restantes bens prendem-se com a organização de documentação, avaliações de especialistas e realização de concursos, disse o ministro.
"Havia muitos carros cujas chaves não tínhamos e que ainda estão registados em nome dos seus anteriores proprietários", exemplificou.
Nepotismo e corrupção no aparelho estatal caracterizaram o período de Ben Ali no poder e provocaram a sua queda no início das revoltas da "Primavera Árabe".
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