Turquia impede entrada de refugiados sírios
As autoridades turcas reforçaram o controlo das fronteiras com a Síria e estão a rejeitar e entrada de civis sírios que fogem da guerra no seu país, denunciou hoje a organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW).
© Reuters
Mundo Human Rights Watch
A organização norte-americana cita testemunhos de cerca de 50 refugiados sírios, registados em outubro, que coincidem na revelação de que a única forma de entrar na Turquia é por via clandestina e conduzidos por traficantes de pessoas.
"O encerramento da fronteira por parte das autoridades turcas obriga as mulheres grávidas, crianças, anciãos, doentes e feridos a tentar esquivar-se aos guardas fronteiriços turcos para fugir do horror da guerra na Síria", lamenta a ONG.
A Human Rights Watch reconhece que a Turquia tem sido "generosa" ao acolher cerca de dois milhões de refugiados sírios e que "têm direito a controlar de forma exaustiva a sua fronteira por motivos de segurança", mas insiste que "não deveria enviar-se de volta à guerra a quem procura obter asilo".
Segundo a HRW, Ancara encerrou em março os últimos postos de passagem fronteiriços com a Síria e apenas admite ambulâncias com doentes, apesar de muitos civis continuarem a cruzá-los de forma clandestina.
Desde julho que os controlos são mais apertados e apenas é possível entrar na Turquia pela província de Hatay, onde o terreno é abrupto e difícil de controlar, acrescenta a organização.
Cerca de 250.000 sírios estão instalados na Turquia em acampamentos de refugiados oficiais, estabelecidos pelo governo, onde recebem alojamento, alimentação, cuidados de saúde e educação, e cerca de dois milhões estão por sua conta, apesar de também beneficiarem de algumas ajudas governamentais e do direito a saúde básica gratuita.
Ancara assegura que mantém uma "política de porta aberta", apenas restringida por pontuais motivos de segurança.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com