Autoridades tentam proibir manifestações em Heidenau, tribunal opõe-se
As autoridades alemãs anunciaram hoje a proibição de manifestações durante o fim de semana em Heidenau, cidade do leste onde há uma semana um centro de refugiados foi atacado, mas um tribunal considerou a proibição "claramente ilegal".
© Reuters
Mundo Alemanha
As autoridades regionais da Saxónia justificaram a proibição, que vigoraria entre as 14:00 de hoje e as 06:00 de segunda-feira, com o argumento de que a segurança pública não podia ser garantida devido à insuficiência de efetivos policiais.
A decisão foi tomada depois de terem sido convocadas várias manifestações, uma de "boas-vindas aos refugiados", prevista para hoje à tarde e organizada pelo movimento anti-extrema-direita 'Aliança Antinazi', e outras contra o acolhimento de refugiados, organizadas por grupo de extrema-direita.
Mas o tribunal administrativo de Desden considerou o argumento inválido, determinando que "forças policiais federais ou de outros estados podem ser mobilizadas" e que "a polícia tem recursos, incluindo canhões de água, para prevenir qualquer dano desproporcionado".
No fim de semana passado, várias centenas de manifestantes de extrema-direita responderam à chamada do partido neonazi NPD para protestar junto de um centro de refugiados recentemente inaugurado, acabando por se envolver em confrontos com a polícia.
Na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, visitou o centro de Heidenau para prometer tolerância zero à violência xenófoba, mas à chegada foi vaiada por manifestantes.
Durante a semana, dois incêndios de origem criminosa visaram uma antiga escola de Salzhemmendorf (Baixa-Saxónia, leste) e um ginásio em Nauen (Brandenburg, leste) que estavam a ser preparados para acolher refugiados, levando as autoridades a oferecer uma recompensa de 20.000 euros por informações sobre os autores.
Os ataques contra instalações de acolhimento de refugiados têm-se multiplicado na Alemanha, sobretudo no leste.
A República Federal alemã é o país da União Europeia que mais refugiados acolhe. Na semana passada, o governo reviu em alta a estimativa de pedidos de asilo que deverá receber em 2015, para 800.000, cerca de quatro vezes mais que em 2014.
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