Talibãs afegãos confirmam morte do seu líder 'mullah' Omar
Os talibãs confirmaram hoje em comunicado morte do seu líder 'mullah' Omar, um dia após ter sido anunciada pelo Governo afegão.
© Reuters
Mundo Comunicado
"A liderança do Emirado islâmico e a família de 'mullah' Omar anunciam que o líder 'mullah' Omar morreu devido a doença", refere a declaração dos talibãs, que utiliza o nome oficial do movimento.
Pouco antes deste anúncio, o Paquistão tinha confirmado o adiamento da segunda ronda de conversações de paz entre o Governo de Cabul e os talibãs, um dia após as autoridades afegãos terem admitido a morte chefe histórico dos rebeldes.
No decurso destas conversações, previstas para sexta-feira em território paquistanês, o governo afegão deveria começar a negociar um cessar-fogo com os talibãs, indicaram esta semana responsáveis oficiais em Cabul.
"Devido às informações relacionadas com a morte do 'mullah' Omar e a da incerteza que suscitou, é adiada a segunda ronda de conversações de paz afegãs", tinha indicado em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês.
"O Paquistão e os outros países amigos do Afeganistão esperam que a liderança dos talibãs continue empenhada nas conversações para que seja alcançada uma paz duradora no Afeganistão", acrescenta, que também acusa, sem as designar, "forças mal-intencionadas" de pretenderem o colapso deste processo de reconciliação.
Os talibãs e o Governo de Cabul promoveram as primeiras conversações diretas oficiais no início do mês de julho em Murree, perto da capital paquistanesa Islamabad, sob a supervisão dos Estados Unidos e China.
Mas na terça-feira, a dois dias de uma nova ronda de negociações, as autoridades afegãs anunciaram que o chefe supremo do talibans, o misterioso 'mullah' Omar, morreu em abril de 2013 num hospital de Karachi, a metrópole do Paquistão, país regularmente acusado de apoiar a insurreição dos talibãs afegãos.
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