Parar ajuda europeia à Grécia teria consequências fatais
Um membro do banco central alemão, Joachim Nagel, preveniu hoje o novo governo grego para a paragem do programa de ajudas europeu em curso, o que teria "consequências fatais" para o sistema bancário do país.
© Reuters
Mundo Bundesbank
"Se a continuidade do programa de ajudas para a Grécia fosse colocada em questão, isso poderia ameaçar o refinanciamento monetário", advertiu no diário económico alemão Handelsblatt, na edição que vai sair na quarta-feira.
Segundo um extrato da entrevista divulgada na noite de terça-feira, Nagel anteviu que "isso teria consequências fatais para o sistema financeiro grego".
"Os bancos gregos perderiam então o seu aceso ao dinheiro do banco central", adiantou Nagel, que integra o diretório do Bundesbank.
Alexis Tsipras, que tomou posse do cargo de primeiro-ministro na segunda-feira, prometeu o fim da austeridade e reclamou uma reestruturação da dívida, que representa 177% do produto interno bruto do país.
A União Europeia estipulou à Grécia a data limite de fevereiro para cumprir algumas reformas consideradas necessárias para o desbloqueio de cerca de sete mil milhões de euros de ajuda, prazo que Tsipras considerou sem significado.
O país vive desde 2010 sob assistência dos seus credores internacionais, que se comprometeram em emprestar 240 mil milhões de euros, mas em troca de uma austeridade draconiana, e reformas que colocaram o país de joelhos.
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