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Moçambique prepara informação pública de prevenção

O ministro da Saúde de Moçambique, Alexandre Manguele, garantiu hoje em Maputo que as autoridades moçambicanas estão atentas ao surto epidémico de Ébola e espera fornecer nos próximos dias informação pública sobre a prevenção da doença.

Moçambique prepara informação pública de prevenção
Notícias ao Minuto

14:48 - 01/08/14 por Lusa

Mundo Ébola

"Os profissionais moçambicanos estão atentos a tudo o que se passa na região e a preparar-se para qualquer eventualidade", afirmou o ministro moçambicano aos jornalistas, à margem do encerramento de um seminário sobre prevenção de calamidades em Maputo, sublinhando que Moçambique não tem nenhum caso de Ébola declarado.

"Ainda vamos dar indicações precisas de como a nossa população deve cooperar e como proceder para estarmos todos atentos, de modo a evitar situações indesejadas", afirmou Alexandre Manguele, acrescentando que a Direção Nacional de Saúde Pública está a preparar esses elementos e deverá torná-los públicos nos próximos dias.

O governante disse que este surto epidémico está a despertar muito interesse nos profissionais de saúde moçambicanos e alguns já se voluntariaram para participar em missões de apoio aos países afetados.

O executivo de Maputo, afirmou, está em contacto com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para analisar a colaboração dos profissionais de saúde moçambicanos, vista também como uma oportunidade para os países que nunca lidaram com o Ébola, como Moçambique, ganharem essa experiência.

"Temos de estar atentos e conhecer [o Ébola], porque o nosso país tem sido visitado por pessoas de todo o mundo e hoje, com meios de transporte rápidos, é fácil alguém viajar de um país afetado para o nosso", salientou Alexandre Manguele, insistindo que em breve haverá mais informação no sentido de se preparar a população, tal como no passado recente se fez com a febre de dengue em Cabo Delgado e Nampula.

Desde a eclosão do surto, no início deste ano, a OMS registou 1.323 casos da doença e a morte de 729 pessoas na Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

A doença - que se transmite por contacto direto com sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infetados - causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade que chega aos 90 por cento.

Esta é a primeira vez que se identifica e confirma-se uma epidemia de ébola na África Ocidental, pois até agora sempre aconteceram na África Central.

Depois de algumas companhias aéreas suspenderem os seus voos para os países atingidos pelo surto de Ébola, a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), a Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) e a OMS estão a considerar propor uma revisão das disposições relativas à inspeção/controlo de passageiros, divulgou hoje a OACI.

A OMS está a examinar estas medidas e também pretende solicitar contribuições da Organização Mundial do Turismo (OMT) e do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI)".

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