Portugal congratula-se com resolução da ONU sobre desenvolvimento de Angola
O embaixador de Portugal junto da ONU congratulou-se hoje com a passagem de Angola para o grupo de países de desenvolvimento médio, considerando que mostra as conquistas do país e os desafios que ainda enfrenta.
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"A resolução [hoje aprovada pela ONU] prevê a consagração de um período adicional de dois anos aos habituais três anos de que os países dispõem para a preparação da sua saída" do grupo de países de baixo desenvolvimento, afirmou Álvaro Mendonça e Moura o embaixador à Lusa.
Assim, Angola terá cinco anos para preparar a subida, o que confere "um duplo significado" à resolução, segundo o diplomata português.
"Por um lado, é demonstrativa do compromisso de Angola em prol do seu desenvolvimento, tendo sido capaz de gerar ao longo da última década assinaláveis progressos em matéria de crescimento e desenvolvimento económicos e criando assim as condições necessárias à sua graduação", afirmou Mendonça e Moura.
Por outro lado, acredita o diplomata, a resolução sublinha as dificuldades de desenvolvimento económico e social enfrentadas pelo país.
"É também o reconhecimento de que o forte impacto que a acentuada descida do preço do petróleo exerce na situação económica e financeira de Angola implica um ajustamento da respetiva estratégia nacional de desenvolvimento", disse o iplomata.
Mendonça e Moura acredita que este período mais alargado facilitará "a adaptação da economia angolana a esta nova realidade, criando as necessárias condições à sua diversificação."
O embaixador defende que a opção tomada pela Assembleia Geral foi a correta e que Portugal, enquanto aliado histórico do país africano, saúda a decisão.
"Portugal congratula-se com a aprovação desta importante resolução, que esperamos que contribua para consolidar os esforços de Angola no caminho do desenvolvimento sustentável", concluiu Mendonça e Moura.
Nos próximos cinco anos, Angola terá de preparar uma estratégia nacional que assegure uma transição suave, enquanto recebe assistência técnica e beneficia de vantagens ligadas ao atual estatuto.
Da parte da ONU, a organização compromete-se com a criação de um mecanismo de apoio e um roteiro com os passos a serem seguidos, bem como estratégias e políticas económicas e sociais.
Segundo o último Relatório de Desenvolvimento Humano, lançado em dezembro, entre os países africanos de expressão portuguesa, Cabo Verde, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe estão no grupo de desenvolvimento humano médio, enquanto Angola, Guiné-Bissau e Moçambique continuam no grupo de baixo desenvolvimento.
O índice é calculado com base em três dimensões: uma vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão de vida decente.
Para isso, são tidos em conta fatores como a esperança media de vida, os anos de escolaridade de cada cidadão e o Produto Interno Bruto (PIB) 'per capita'.
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