Banif: Rui Rio quer esclarecimentos e responsáveis pelas "coisas más"
O antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio afirmou quarta-feira que Portugal tem o direito de saber o que se passou com o Banif e defendeu que tem de haver responsáveis pelas "coisas más" que aconteceram.
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Economia PSD
Em entrevista à RTP3 na quarta-feira à noite, Rui Rio disse que não consegue entender o que se passou com o Banif, que em setembro tinha uma situação líquida positiva de 675 milhões de euros.
"Se estas contas não estão bem, se este ativo não tem este valor, mas tem menos, é porque está sobreavaliado, é porque os auditores auditaram não estas contas, mas as de junho, que são praticamente iguais, ou o Banco de Portugal, que acompanhava isto, estava a aceitar aquilo que sabia que estava mal", afirmou Rui Rio.
Para o ex-autarca, "se estas contas não estão certas, a primeira responsabilidade é desde logo do Ministério das Finanças e do Banco de Portugal" e "Portugal tem o direito de saber o que se passou".
"Num fim de semana, o banco foi desmantelado, vendido às peças, sem qualquer espécie de concurso público e os portugueses ainda vão pagar 2,2 mil milhões de euros", afirmou, acrescentando ser uma situação "absolutamente inadmissível".
Segundo Rui Rio, "coisas más" passaram-se e "é óbvio, porque o resultado é catastrófico para todos".
"A comissão de inquérito parlamentar tem condições para perceber porquê que as coisas foram assim", disse, qualificando o exercício do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, de "má".
Na entrevista, entre outros temas, como o Novo Banco, Rui Rio disse concordar "com as linhas gerais" do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), "mas não com o ritmo" ou "com a dose".
"Fazem isso numa dose muito elevada", disse Rio, referindo-se às devoluções de cortes, salientando que o OE2016 tem um "desenho que permite que corra bem, mas que também permite que corra mal".
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