BCE mantém em 89 mil milhões os empréstimos de emergência aos bancos
O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje o patamar máximo de liquidez de emergência que os bancos gregos podem pedir a Frankfurt através do Banco da Grécia em 89 mil milhões de euros, informou um porta-voz da instituição.
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Economia Grécia
O Conselho de Governadores do BCE, composto pelos governadores dos bancos centrais dos 19 países da zona euro, reuniu-se hoje para discutir a assistência financeira à Grécia antes do referendo do próximo domingo e vai voltar a discutir a matéria na próxima segunda-feira, segundo a informação avançada pela agência de notícias espanhola EFE.
As entidades financeiras helénicas podem refinanciar-se com o programa de assistência de urgência de liquidez através do Banco da Grécia mas, em troca, têm que apresentar garantias, que são a dívida soberana grega e a dívida emitida pelos bancos do país com garantia estatal, cujo 'rating' (notação) foi novamente revisto em baixa pelas agências de notação financeira.
Apesar dos cortes de 'rating' recentes, e da situação de impasse que vive a Grécia, o BCE decidiu não aplicar cortes superiores ao valor da dívida grega ou garantida pelo Estado grego que os bancos apresentam como garantia.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou hoje que vai manter o referendo à proposta dos credores agendado para 05 de julho e reiterou o apelo ao "não", garantindo que vai encontrar soluções após a consulta popular.
Numa mensagem à nação transmitida através da televisão, Tsipras reafirmou que os depósitos, pensões e salários dos gregos estão a salvo e que não tenciona levar o país a sair da zona euro.
Posteriormente, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, confirmou que não haverá mais conversações entre as instituições e as autoridades gregas nos próximos dias e que os ministros das Finanças da zona euro aguardam agora os resultados do referendo.
A Grécia entrou oficialmente em incumprimento depois de falhar o pagamento de um reembolso de 1,5 mil milhões de euros na terça-feira. Horas antes de o prazo terminar, Atenas apresentou um pedido ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para um adiamento do pagamento previsto.
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