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Câmara do Porto unânime a reivindicar a expansão da rede de metro

O executivo da Câmara do Porto defendeu hoje a necessidade de o Estado investir no metro do Porto para viabilizar o avanço de pelo menos mais 30 quilómetros da segunda fase de expansão, parada desde 2011.

Câmara do Porto unânime a reivindicar a expansão da rede de metro
Notícias ao Minuto

16:48 - 05/05/15 por Lusa

Economia Transportes

A posição unânime foi manifestada na reunião camarária pública de hoje, que contou com a presença do representante do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) na administração da Metro do Porto, Gonçalo Gonçalves, a pedido do vereador do PSD Amorim Pereira

"Temos aqui o grande desafio dos autarcas representados na Metro do Porto e do Conselho Metropolitano do Porto [CmP]. Ou se deita a toalha ao chão ou temos de ter uma estratégia para que os autarcas não se conformem", frisou o social-democrata.

Defendendo que o CmP devia assumir a gestão da Metro do Porto, Amorim Pereira considerou que a atual administração é "uma estrutura macrocéfala cuja única missão é deitar os olhinhos à concessão", algo que devia ser feito por equipas técnicas.

"Este Governo e os anteriores não têm estado à altura das suas responsabilidades com a região", acrescentou.

Alinhando com Amorim Pereira na defesa de "um entendimento político à escala metropolitana o mais alargado possível" para reivindicar a expansão do metro do Porto, o Manuel Pizarro considerou não ser "aceitável continuar a não investir no metro do Porto".

"É lamentável que os impostos de todos tenham servido para pagar o metro de Lisboa e não sirvam para o metro do Porto", frisou o socialista que assinou um acordo pós-eleitoral com os independentes de Rui Moreira.

O vereador da CDU, Pedro Carvalho, fez questão de concordar com Pizarro relativamente ao investimento que serve os lisboetas e notou que o alargamento do metro do Porto "deve ser uma prioridade de investimento público em relação à qual" a Câmara "tem de ter capacidade de lutar".

O comunista defendeu ser "óbvio que a expansão da metro do Porto tem de continuar e que deve gerar os consensos necessários", mas alertou para a possibilidade de recorrer ao elétrico, que "tem custos menores", em algumas áreas.

Já Filipe Araújo, vereador do Ambiente, eleito pela lista independente de Rui Moreira, indicou os impactos positivos do metro na redução do consumo de combustíveis e na melhoria da qualidade de vida da população e pediu contas a Gonçalo Gonçalves.

O representante do CmP na administração da Metro do Porto esclareceu que, quando foi travada, em 2011, a segunda fase do metro incluía apenas as quatro linhas consideradas prioritárias.

"Eram as que mais serviam a rentabilização do sistema. O sistema tem hoje 70 quilómetros. Estas quatro linhas acrescentavam 30 quilómetros em zonas altamente populacionais. Entendia-se que acrescentariam muito valor ao sistema", explicou Gonçalo Gonçalves.

Chamado à reunião camarária para fazer um ponto de situação sobre a metro do Porto, Gonçalves começou por dizer que "está tudo suspenso".

"A primeira fase, que corresponde ao que temos hoje, custou 2,5 mil milhões de euros e o Estado e os fundos comunitários suportaram 20%. Ou seja, 80% foram financiados com recurso a endividamento da empresa e este modelo não é viável", notou.

"A Metro vende mais ou menos 40 milhões de euros de bilhetes por ano e, só de juros, paga 70 milhões. A empresa tem mais de três mil milhões de euros de passivo", acrescentou.

As tais quatro linhas (Campo Alegre, no Porto, S. Mamede, em Matosinhos, Gondomar e ligação de Santo Ovídeo a Vila d' Este, em Gaia) da segunda fase tinham um custo previsto de 2,8 mil milhões de euros.

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