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"Portugal saiu da bancarrota para um acesso estável ao mercado"
A ministra da Finanças, Maria Luís Albuquerque esteve presente no Congresso das Comunicações, no Centro Cultural de Belém e fez um balanço positivo do processo de ajustamento. "Portugal conseguiu passar da bancarrota em 2011, para a recuperação do acesso estável e regular do acesso ao mercado", indica a ministra.
© Global Imagens
Economia Maria Luís Albuquerque
"No passado faltou-nos atuar para evitar que precisássemos de um novo programa. Faltou-nos uma disciplina permanente e autodeterminada para precaver uma disciplina externa. A intervenção e identificação de problemas que conduziram à crise. As causas últimas resultantes da impreparação para os desafios da moeda única. A impreparação deveu-se à incapacidade de perceber que o modelo de crescimento que permitiu ultrapassar os dois programas anteriores não seria adequado para o futuro", começou por afirmar Maria Luís Albuquerque no Congresso das Comunicações, onde fez um balanço do últimos três anos com a intervenção da troika.
No passado, o que aconteceu para a ministra é que houve uma "perda de competitividade que não seria compatível com a globalização e liberalização do comércio internacional. Assim como a aposta no mercado interno. O financiamento barato e abundante que possibilitou o rápido crescimento não duraria para sempre. Parecia não ter consequências. As restrições não eram evidentes, mas estiveram sempre subjacentes".
Para Maria Luís Albuquerque, a intervenção aconteceu porque "Portugal não só falhava na atuação preventiva, como estava particularmente vulnerável. A sua fragilidade decorria da incapacidade de sustentar a procura interna e de gerar riqueza".
"Três anos depois e o balanco é positivo, ainda que os seus custos continuem presentes. Permitiu reduzir o défice para menos de metade, este ano aconteceu o primeiro excedente primário desde 1997. Estes progressos estão a revelar-se em 2014 e devem permanecer em 2015, segundo o Orçamento do Estado para 2015 apresentado pelo Governo", garante.
"No plano financeiro, Portugal conseguiu passar da bancarrota em 2011 para a recuperação do acesso estável e regular do acesso ao mercado", remata.
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