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BES perde participação no BESA por causa de operação stop
O BES ‘mau’ vai tentar impugnar uma decisão tomada em Assembleia Geral que tirou do seu controle o BES Angola. É que, na reunião onde foi tomada a decisão do aumento de capital que acabou com a participação do banco mau (tinha 55,71%) na sua sucursal Angola, a representante do banco português não esteve presente por ter ficado retida numa operação stop, escreve este sábado o Expresso.
© Reuters
Economia Impugnação
O caso BES não para de surpreender com os seus contornos fora do comum. Desta feita, por uma representante ter ficado retida numa operação stop em Angola, o que a impossibilitou de chegar atempadamente a uma Assembleia-geral do BESA, o BES perdeu a sua participação de 55,71% na sucursal em terras africanas. Após chegar ao local da AG, a representante portuguesa foi impedida de participar na reunião.
Na reunião em questão foi decidido um aumento de capital determinado pelo Banco Nacional de Angola que eliminou a participação do BES. O banco português, liderado por Luís Máximo dos Santos, na sequência da resolução do banco chefiado por Ricardo Salgado, vai tentar impugnar essa decisão.
Além deste facto, segundo explica o Expresso, o BES contesta também a forma como foi convocada e decorreu a reunião para o aumento de capital que eliminou “sem qualquer contrapartida” a participação portuguesa.
“Todo este processo à volta da Assembleia violou várias disposições da lei angolana, [porque foram] preteridas as formalidades legais e estatutárias de convocação da AG. [Este órgão só pode reunir se todos os acionistas estivessem presentes na reunião e, além disso, aceitassem deliberar sobre os diversos pontos da ordem de trabalhos. O que não sucedeu”, explica Máximo dos Santos ao Expresso.
Nesta reunião foi ainda decidida a eleição dos novos órgãos sociais do BESA, que passou a chamar-se Banco Económico.
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