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Repartição do ajustamento aumenta risco de derrapagem orçamental

A Fitch alertou hoje que a repartição do ajustamento previsto pelo Governo para 2015 para chegar a um défice de 2,7% "aumenta o risco de derrapagem orçamental", se a evolução da economia for pior do que o antecipado.

Repartição do ajustamento aumenta risco de derrapagem orçamental
Notícias ao Minuto

16:30 - 21/10/14 por Lusa

Economia Fitch

Numa nota hoje divulgada sobre Portugal, a agência de notação financeira afirma que o facto de o orçamento de Portugal para 2015 "se basear num ajustamento cíclico em vez de estrutural para alcançar a redução do défice aumenta o risco de uma derrapagem orçamental, se o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) for inferior ao esperado".

De acordo com a Fitch, a meta do défice de 2,7% para o próximo ano, como previsto na proposta de orçamento do Governo e acima dos 2,5% acordados com os credores internacionais, "está em linha" com a previsão da agência de 'rating', que esperava que o défice orçamental ficasse abaixo dos 3%, o que deverá permitir a saída do Procedimento dos Défices Excessivos.

A Fitch refere que, até agora, a derrapagem da despesa tem sido compensada pelo melhor desempenho, o que permite ao Governo manter o seu objetivo orçamental para 2014 sem recorrer a medidas de consolidação adicionais.

A instituição antecipa que "uma porção do ajustamento do próximo ano também deverá vir do crescimento da receita gerado pelo aumento do PIB nominal, mas alerta que "este crescimento pode não cumprir as expectativas".

O abrandamento económico é um dos riscos apontados pela Fitch, considerando a agência de 'rating' que a previsão de um aumento do PIB nominal de 2,5% em 2014 é "otimista" e que "o crescimento mais rápido das exportações depende da procura da zona euro", cujas perspetivas de crescimento são modestas.

Além disso, a Fitch escreve que "um período prolongado de deflação em Portugal também iria ameaçar o crescimento" económico do país, salvaguardando, no entanto, que não é este o cenário central.

A 10 de outubro, a Fitch reafirmou a classificação da dívida pública de Portugal em BB+, atribuída em abril, e manteve a apreciação positiva da sua perspetiva, considerando que "a economia portuguesa continuou a reequilibrar-se", que "o mercado de trabalho melhorou acentuadamente" e que "as condições de financiamento continuaram a melhorar nos últimos seis meses".

A agência de notação financeira identificou também alguns riscos, nomeadamente a execução orçamental, a quebra do ritmo da atividade económica, as taxas negativas do índice de preços no consumidor e riscos decorrentes da crise no Banco Espírito Santo (BES).

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