"O que se passou entre a PT e o BES é deplorável e lamentável"
O chairman do BPI, Artur Santos Silva comentou o caso Portugal Telecom e Banco Espírito Santo e teceu duras críticas. "Em relação à PT acho que é um caso deplorável", argumentou o banqueiro segundo o Negócios.
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Economia Artur Santos Silva
Artur Santos Silva criticou a situação que ocorreu entre a Portugal Telecom e o BES, depois da operadora ter comprado quase 900 milhões de euros de dívida da Rioforte, empresa detentora do Grupo Espírito Santo (GES).
“Em relação à PT acho que é um caso deplorável. O que se passou entre a PT, o Banco Espírito Santo e o Grupo Espírito Santo é deplorável, é lamentável”, afirmou o chairman do BPI, Artur Santos Silva, segundo o Jornal de Negócios.
O banqueiro garantiu ainda que “esta relação de cumplicidade permanente, tornada pública pela imprensa, desde 2000, não é possível. Não deve haver relações de crédito entre um banco e os seus acionistas de referência. Por maioria de razão refiro que uma empresa que não é uma instituição financeira deve estar impedida de fazer uma aplicação financeira”.
Para que os bancos não voltem a repetir este tipo de relação Artur Santos Silva explica que “a primeira ilação é que não pode haver relações de crédito com acionistas de referência. Os bancos devem estar proibidos de conceder crédito a acionistas de referência. Segunda ilação, proibir de colocar instrumentos de dívida e ações de acionistas de referência".
"Em terceiro lugar, proibir de colocar instrumentos de mercado de capital do próprio emissor, o banco. Se tem um bom produto ele será colocado por outros intermediários financeiros e não por ele próprio", remata.
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