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Pagamento antecipado ao FMI 'empurrado' para mais tarde

Durante a semana que passou foi avançado que Portugal poderia estar a estudar um pagamento antecipado do empréstimo concedido pelo FMI aquando da formalização do programa de ajustamento português. Esta segunda-feira, escreve o Observador, a discussão terá sido ?empurrada? para um horizonte mais longínquo por se considerar que os juros da dívida portuguesa ainda não estão baixos o suficiente.

Pagamento antecipado ao FMI 'empurrado' para mais tarde
Notícias ao Minuto

13:18 - 08/09/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Governo

A discussão de um possível pagamento antecipado ao FMI por parte de Portugal já esteve em cima da mesa, pelo menos foi isso que deu conta a imprensa durante a passada semana. Porém, o Governo terá voltado atrás depois de na opinião dos líderes europeus ainda não estarem reunidas as condições necessárias para o fazer. Segundo explica o Observador foi considerado que os juros da dívida pública portuguesa ainda estarão demasiado altos.

Portugal tentaria apanhar uma boleia da Irlanda que, segundo se sabe, está a planear pagar de forma antecipada o empréstimo requerido, tendo já os líderes europeus revelado abertura para este cenário. O governo de Dublin considera ser possível fazer algumas poupanças caso opte pelo reembolso total já, isto porque as taxas de juro irlandesas estão consideravelmente baixas.

Esta situação terá sempre de ter o aval europeu, porque no contrato assinado quando foi feita a formalização do empréstimo total ficou acordado que caso houvesse pagamento antes do tempo a uma entidade o país ficaria obrigado a que os pagamentos fossem feitos em iguais condições a todos os credores.

Porém, fonte europeia terá explicado que o caso de Portugal, no entanto, ainda não está a ser discutido na Europa com a mesma seriedade do que o caso irlandês, uma vez que o mercado ainda não está a cobrar taxas tão baixas quanto as que cobra à Irlanda.

Relembre-se que no programa de ajuda financeira requerido pelas autoridades portuguesas a Bruxelas e ao FMI, os montantes foram divididos em partes iguais de 26 mil milhões de euros, o que daria 78 mil milhões de euros, mas Portugal abdicou da última tranche do empréstimo no valor de 900 milhões de euros provenientes do organismo liderado por Lagarde, o que fez o empréstimo junto desta entidade descer para os 25,1 mil milhões de euros.

Entretanto, a Lusa publicou uma peça que explica que apesar de na sexta-feira se discutir a possível antecipação por parte da Irlanda do pagamento do empréstimo concedido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no âmbito do programa de assistência externa, a mesma possibilidade relativamente a Portugal foi mesmo afastada por fontes do Eurogrupo, que dizem que ainda não foi feito qualquer pedido formal ou informal por parte das autoridades portuguesas.

Questionada hoje pela Lusa sobre quando Portugal poderá manifestar esse interesse, fonte oficial do Ministério das Finanças remeteu para o discurso da ministra das Finanças no sábado, na Universidade de verão do PSD, no qual Maria Luís Albuquerque disse que Portugal tem "interesse em apoiar os irlandeses em que essa possibilidade exista".

"Também não significa que quiséssemos reembolsar logo os 25 mil milhões, poderíamos começar pelas primeiras tranches que eram mais caras em função do nosso acesso ao mercado, é uma opção que tem valor e estaremos claramente do lado dos irlandeses a apoiar essa iniciativa na Europa", afirmou Maria Luís Albuquerque em Castelo de Vide.

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