PT admite que estava a concentrar depósitos e aplicações no GES
A Portugal Telecom (PT) admite que no final do ano passado tinha uma concentração de depósitos e aplicações de tesouraria no Grupo Espírito Santo (GES)/Banco Espírito Santo (BES).
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Economia Comunicado
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na informação complementar aos documentos de prestação de contas consolidados referentes ao exercício de 2013, a PT refere que "no que concerne ao critério de investimento em instituições financeiras diversificadas e com reputação no mercado, cumpre mencionar que, atenta a concentração em depósitos e aplicações de tesouraria no BES/GES, em 31 de dezembro de 2013 a sociedade não estaria a observar uma efetiva diversificação".
A 31 de dezembro de 2013 e de 2012, "os investimentos em títulos de curto prazo emitidos pela ESI [Espírito Santo International], entidade do Grupo Espírito Santo" representavam "montantes totais de 750 milhões de euros e 510 milhões de euros, respetivamente", adianta a PT.
No final do ano passado, a PT tinha 1.402 milhões em depósitos no GES, 750 milhões de euros em dívida relativamente à mesma entidade ou empresas com ela relacionada e 14,5 milhões de euros em financiamento.
Relativamente ao item financiamento, "cumpre ainda referir que o Banco Espírito Santo e a Caixa Geral de Depósitos atuaram como agentes colocadores de papel comercial emitido pela Portugal Telecom", no âmbito do qual a PT "tinha um montante em dívida de 200 milhões de euros em 31 de dezembro de 2013, colocado pelo BES, e de 50.750.000 euros em 31 de dezembro de 2012", colocado pela CGD.
A empresa, que está em processo de fusão com a brasileira Oi, adianta que, segundo as transações ocorridas até final de 2012 e os saldos nessa data, excluindo os saldos relativos a depósitos, investimento de curto prazo e financiamentos com os principais acionistas da PT, as receitas e ganhos com o GES, o que inclui as vendas e serviços prestados pela operadora e recebidos sobre depósitos bancários e investimentos de curto prazo, eram de 100.864.559 euros, incluindo IVA.
Os custos e perdas relativos ao GES, incluindo fornecimentos e serviços externos prestados à PT e juros pagos em contratos de financiamento e 'equity swaps', ascendiam a 28.467.536 euros, com contas a receber no montante de 2.598.492 euros e a pagar de 36.105 euros.
No final de 2012, as receitas e ganhos da PT relativamente à Controlinveste era de 2.670.350 euros, os custos e perdas ascendiam a 52.691.602 euros, com contas a receber no valor de 512.548 euros e a pagar de 10.355.585 euros.
Em relação à Ongoing, as receitas e ganhos eram de 857.306 euros, os custos ascendiam a 3.895.190 euros, com contas a receber de 3.164.133 e a pagar de 1.078.681 euros.
As receitas com a CGD ascendiam a 33.527.672 euros a 31 de dezembro de 2012, os custos e perdas a 13.240.097 euros, tendo a receber 3.971.406 euros e 637.112 euros a pagar.
Esta informação complementar aos documentos de prestação de contas consolidados relativos a 2013 surge na sequência do pedido da CMVM.
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