POUPANÇA NO MINUTO
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Chumbo a cortes nos salários abre portas a tesourada de Sócrates
Apesar de o Governo manifestar confiança na constitucionalidade dos cortes salariais na Função Pública, a verdade é que teme um possível chumbo, caso a medida seja enviada para o Palácio Ratton. A confirmar-se este cenário, abrir-se-á um buraco de cerca de mil milhões de euros e a solução passará, conta o Diário Económico, por manter os cortes aplicados por José Sócrates.
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Economia OE2014
Com os novos cortes nos salários dos funcionários públicos a partir dos 600 euros, o Governo prevê uma poupança líquida de aproximadamente mil milhões no Orçamento do Estado para o próximo ano.
Acontece que paira no ar a ameaça de um chumbo do Tribunal Constitucional caso o Presidente da República, Cavaco Silva, ou os partidos decidam enviar o diploma para análise dos juízes do Palácio Ratton.
Neste sentido, e a confirmar-se a inconstitucionalidade do corte, a solução que o Governo tem em cima da mesa, conta fonte governamental ao Diário Económico, passa por manter os cortes da ‘era Sócrates’ e que estão actualmente em vigor. Ou seja, de 3,5% a 15% a partir dos 1.500 euros.
A questão é que este possível chumbo além de afectar o valor das poupanças previstas pelo Executivo, fará disparar a despesa, causando uma mossa de 0,6% do PIB no défice orçamental, e compromete a meta de 4% assumida com os credores internacionais.
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