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Em carta, ex-atleta diz ter usado doping com apoio do governo chinês

Wang Junxia viu documento que escreveu há mais de 20 anos ser divulgado agora. IAAF já está a investigar carta e irá retirar recordes mundiais a atletas chinesas.

Notícias ao Minuto

11:03 - 06/02/16 por Paulo Rocha

Desporto Atletismo

O mundo do atletismo está em choque depois de ter sido divulgada uma carta escrita por uma antiga atleta chinesa, de seu nome Wang Junxia, e assinada por mais nove companheiras de equipa durante a década de 90, onde confessavam ter usado substâncias dopantes, segundo o The Telegraph.

O escrito foi redigido há 21 anos, altura em que foi entregue a Zhao Yu, um jornalista daquele país, mas só agora foi tornada pública. A equipa de atletismo, onde estavam integradas atletas de corrida de fundo, dos 1500, 3000 e 10 000 metros, havia marcado uma era sob a égide de Ma Juren, o seu treinador.

Tanto que, o ‘Exército de Ma’, como era conhecido na altura arrasaram a concorrência em 1993, ao baterem os recordes mundiais de 1500, 3000 e 10 000 metros por larga vantagem sobre a concorrência, situação que não deixava de ser estranha. A situação, segundo o diário britânico, era do conhecimento e apoiada pelo governo chinês.

Ma Juren justificava o fenómeno com trabalho intenso e com o uso de produtos naturais na alimentação das atletas, como o sangue de tartaruga. Mas só sete anos depois é que se viria a descobrir a razão quando Ma foi expulso do cargo depois de seis das suas atletas acusarem uso de dopinhg.

De realçar que houve uma atleta portuguesa a bater a então recordista mundial. Estávamos em 1996, ano em que Wang Junxia, autora da carta, acabou por perder os 10 000 metros para Fernanda Ribeiro no Jogos Olímpicos.

Wang escreveu o texto em 1995, onde assegurava ser obrigada pelo treinador a usar substâncias proibidas: “Nós somos humanos e não animais. Durante muitos anos, (Juren) forçou-nos a suar uma larga quantidade de drogas ilegais. Isto é verdade”.

Os recordes batidos pelas atletas que trabalhavam sob a orientação de Ma Juren irão agora ser retirados pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF), que já está a estudar o caso.

“O (gabinete de comunicação chinês) confirma a existência de uma carta alegadamente escrita para o jornalista que apenas se tornou conhecida ontem (n.d.r.: na passada quinta-feira). A primeira ação da IAAF será a verificação da veracidade da carta. No seu relatório, o IAAF pediu à Federação Chinesa de Atletismo para assistir em parte do processo”, revelou o diretor de comunicação da IAAF.

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