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Kambas Case é uma loja portátil para a música portuguesa
O músico e produtor Fred Ferreira lança este mês o Kambas Case, uma plataforma física de venda de música e artigos ligados aos artistas, como alternativa às convencionais lojas de música.
© Reuters
Cultura Iniciativa
"É uma forma diferente de aproximação à música, um negócio num nicho de mercado. Não é nada uma coisa para fazer frente às lojas de discos que já existem, isso seria uma estupidez. Quando vou a um concerto, no final, se houver uma banca que venda edições especiais, um disco raro, um artigo que me interesse eu compro. É esse o espírito do Kambas Case", afirmou Fred Ferreira à agência Lusa.
O Kambas Case é uma loja portátil, uma estrutura no formato de uma caixa de produção, para venda de música em suporte físico e que poderá funcionar de forma autónoma em salas de espectáculo, festivais, superfícies comerciais ou mesmo na rua.
Para o funcionamento desta loja portátil, que terá vendedores especializados nos pontos de venda, Fred Ferreira negoceia com artistas ou com editoras para a comercialização dos discos, sobretudo de música portuguesa.
"É uma alternativa de negócio, que valoriza o objeto físico. Gostava que a música física tivesse mais tempo de vida. E a ideia é: se a pessoa não vai à loja, a loja vai ter com ela", defendeu o músico.
Isto num tempo em que aumentam os serviços de escuta de música 'online' ('streaming') e em que, segundo a Federação Internacional de Indústria Discográfica, a percentagem de venda de música em formato físico é igual à de digital (46 por cento cada).
Fred Ferreira terá lojas portáteis na próxima edição do D'Bandada, a 12 de setembro no Porto, já assegurou parceria com as editoras Pataca Discos e Nos Discos e tem sido contactado, por exemplo, para a utilização do Kembas Case em escolas.
Através desta loja, o músico Tim, baixista e vocalista dos Xutos & Pontapés, deverá editar um disco que gravou com os filhos, e o músico David Fonseca deverá também editar, próximo do natal.
Para já, Fred Ferreira quer ter dez lojas que podem estar disponíveis em vários locais.
Frederico Ferreira, 34 anos, está ligado à música desde pelo menos a adolescência, quando fez parte dos Yellow W Van, a primeira banda. Filho do baterista Kalu, dos Xutos & Pontapés, tem o nome ligado a vários grupos, sendo as mais recentes os Orelha Negra, 5-30 e Banda do Mar.
O trabalho na música estende-se ainda à produção, à editora Kambas, a um estúdio de música e gestão de salas de ensaio.
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