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Relação entre teatro e arquitetura em foco no 32.º Festival de Almada
A relação entre o teatro e a arquitetura estão no centro de um programa de conferências, teatro e exposições, para festejar os dez anos do Teatro Municipal Joaquim Benite, no âmbito do 32.º Festival de Almada.
© DR
Cultura Festival
De acordo com a organização do festival, que está a decorrer até 18 de julho, o programa, com curadoria de João Quintela e Tim Simon, intitula-se "Arquitetura e Teatro: Dar lugar ao Acontecimento", que também apresentará 'workshops', 'performances', iniciativas de serviço educativo e debates.
O Teatro Municipal Joaquim Benite foi projetado pelos arquitetos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, e algumas histórias que estão na origem das decisões arquitetónicas do projeto serão recordadas numa visita comentada à exposição "Teatro Azul".
Um dos pontos centrais deste programa é o Pavilhão Povera, da autoria dos arquitetos João Quintela e Tim Simon, cujo foco principal é explorar a relação entre o teatro e a arquitetura, nas suas múltiplas dimensões, através da iniciativa promovida pelo Festival de Teatro de Almada.
Neste espaço, até ao fim do festival, vai ser apresentada a peça de teatro e performance "Povera. Cena. Cenoura", composta por sete atos e um epílogo, onde o espaço promete ocupar o lugar da dramaturgia, como ponto de partida para a ação.
Com entrada livre, a peça foi criada pelo ator, encenador e arquiteto espanhol Luís Amália Rodrigues Carnero, estabelecendo assim a ligação com o país convidado desta edição.
As conferências e debates decorrem nos dias 14, 15 e 16 de julho, moderadas pela arquiteta e cenógrafa Sara Franqueira, com a participação de Manuel Graça Dias, Diogo Seixas Lopes e Patrícia Barbas (Barbas Lopes Arquitetos), João Mendes Ribeiro, José Manuel Castanheira, José Capela, Nuno Grande e Jesús Donaire.
O objetivo é explorar a relação entre as duas áreas disciplinares nos seus vários pontos de contacto, através de temas como o projeto e construção de teatros, a cenografia para teatro e o espaço público entendido como cenário de fundo para o palco da cidade.
Paralelamente realizar-se-á um 'workshop' de cenografia, coordenado pelo reconhecido cenógrafo francês Jean-Guy Lecat, organizado pela Ordem dos Arquitetos Secção Regional Sul.
Até 18 de julho, também será possível visitar uma exposição sobre o Teatro Azul, ou participar nas atividades contínuas de serviço educativo concebidas pela arquiteta Fabrícia Valente para visitantes de todas as idades, numa colaboração entre o Festival de Teatro de Almada e o Museu Coleção Berardo.
As atividades terão lugar na Escola Básica D. António da Costa e no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada.
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