O programa inaugural inclui a exposição "Teatro, percurso em quatro séculos", que propõe "um circuito das memórias do antigo teatro, acompanhando a própria evolução da Marinha Grande", mas o "ponto alto" é a estreia da peça "Palco de Memórias".

Com texto e encenação de Norberto Barroca e colaboração plástica de Mário Dias Garcia, o espetáculo recorda "as representações dos irmãos Stephens, primeiro no Palácio -- hoje Museu do Vidro -- depois na Casa de Teatro por eles mandada construir".

"Passará pelas transformações que o teatro conheceu, pelas atividades artísticas ali acontecidas, pela evocação dos artistas que por lá passaram ao longo da sua existência, até à fase atual em que renasce", informa o município.

Segundo a autarquia, "mostrando o novo espaço, este 'Palco de Memórias' homenageará todos os que se empenharam para que aqui houvesse teatro, envolvendo no espetáculo instituições culturais com atividades performativas e artistas marinhenses das diferentes áreas artísticas ligadas ao palco".

A peça de teatro será ainda exibida nos dias 26, 27, 28 e 29, datas marcadas também pela realização de visitas ao espaço guiadas pelo autor do projeto de requalificação e visitas à exposição "Teatro, percurso em quatro séculos".

"Todo o programa inaugural será de participação gratuita, com necessidade de levantamento do respetivo ingresso na bilheteira da Casa da Cultura, sita no 'hall' do Museu do Vidro", informa a autarquia.

À agência Lusa, o presidente da Câmara da Marinha Grande, Álvaro Pereira, afirmou que é com "orgulho" que a autarquia prepara a reabertura do espaço, "equipamento cultural emblemático, cuja falta há muito se fazia sentir".

"A reabertura do Teatro Stephens constitui um suporte fundamental na estratégia de reabilitação do centro tradicional da Marinha Grande", adiantou Álvaro Pereira, eleito pelo PS, salientando que a aposta do município "assenta na criação de vários centros de interesses que atraiam as pessoas ao centro" da cidade, "dando-lhe uma nova vida".

O autarca destacou, ainda, a sua "importância como elemento impulsionador da cultura".

"Para que esta subsista e progrida, é necessário proporcionar condições para a sua prática", declarou, convicto de que na Casa da Cultura se encontram "reunidas as condições ideais para o acolhimento de atividades das diversas artes do espetáculo".

Por outro lado, a Casa da Cultura vai servir também de apoio ao Museu do Vidro, referiu o responsável, para quem o espaço vai proporcionar à população a possibilidade de assistir "a espetáculos de elevada qualidade" sem ter de sair do concelho.

O investimento, financiado em 85% por fundos comunitários, tem capacidade para 258 lugares sentados e quatro lugares destinados a pessoas com mobilidade condicionada.